quarta-feira, 28 de maio de 2014
PUREZA PROIBIDA – Histórias reais de uma filmagem – parte 1
PUREZA PROIBIDA foi p primeiro filme
que eu produzi
e interpretei, havia
recém criado a
minha produtora ( ROSSANA GHESSA
PROCUÇÕES CINEMATOGRAFICA LTDA) me
lembro da primeira
reunião com o
meu sócio Carlos
Fonseca um profissional
da mais alta
qualidade, sabia tudo
de cinema.
Tinha recebido vários
roteiros, feito uma
primeira seleção e me
chamou a atenção um
nome “ Á BRANCA E O
NEGRO “ comecei a ler e
não consegui parar,
era uma historia de amor
entre uma noviça
e um pescador negro
do candomblé, chamamos
a dona do
argumento MONAH DELACY
e pedimos que
preparasse o roteiro.
Roteiro pronto, hora
de contratar o diretor,
o primeiro nome que
me surgiu foi o
de NELSON PEREIRA
DOS SANTOS, telefonei
pra ele contei
a historia resumida
no telefone, e ele me disse:
Rossana você pode
dirigir, filma assim
como acaba de me
contar que eu
assino, claro que
era uma brincadeira,
na verdade ele
estava ocupado com
outro projeto e
não poderia aceitar
o meu convite,
foi ai que
o Carlos Fonseca
sugeriu o ALFREDO STARNHEIN.
Contratado o diretor
mais o diretor
de fotografia RUI
SANTOS , partimos para
Cabo Frio para escolher
as locações, acabamos alugando
duas casas em
Arraial do Cabo
onde ficou sendo
a nossa base
de produção, decidimos
que em uma
casa ficariam as
mulheres e na
outra os homens,
para maior conforto
da equipe as
refeições seriam feitas
nessa casa onde
seria montada toda
a logística necessária
para que as
filmagens transcorre-se
tranquilidade .
Iniciamos as filmagens
e tudo estava
transcorrendo na maior
tranquilidade, não fosse a
falta de profissionalismo de
alguns elementos, no contrato
de trabalho por
tempo determinado que
todos assinam, tem
uma clausula que
diz “ é determinantemente
proibido consumir bebida
alcoólica durante as
filmagens” mas tem pessoas que
tem dificuldade em
cumprir acordos de qualquer
natureza.
Um belo dia estávamos
filmando na praia,
debaixo de um
sol escaldante, com
um calor infernal , e
num intervalo para ajustar
a câmera notei que
uma determinada pessoa
toda hora desaparecia
no meio das
moitas demorava um
pouquinho ate que
o Zozimo Bulbu ( o ator
que fazia o pescador) fosse
também e dai
a pouco voltavam
os dois com
a cara mais
feliz da paroquia
e isto acontecia
varias vezes por
dia, até que
movida pela curiosidade
os segui e
qual não foi
a minha surpresa!
Peguei os dois
no flagra bebendo
conhaque, ele escondiam a
garrafa na moita
para que eu
não percebesse , passei
uma descompostura em
ambos, que claro
gerou o maior mal
estar, principalmente porque o ZOZIMO
com raiva do meu esporro incitou
a equipe da pesada contra
mim, mas eu
não podia me
deixar dominar, então
durante o jantar,
quando estava todo
mundo reunido em volta
da mesa , eu
subi no meio
da comida para fazer
o discurso mais curto de que se tem noticia, resumido ao
seguinte:
“-Todos que estão
aqui assinaram um
contrato, que leram
e concordaram, se alguém aqui
presente se arrependeu
e quer desistir que
faça agora, não vou
negar que preciso
de vocês mas
a reciproca e
verdadeira vocês também
precisam do trabalho
aqui ninguém esta
fazendo favor pra
ninguém “.
Conclusão: Todos
ficaram a meu
favor, só o ZOZIMO
que ficou com
cara de bobo.
domingo, 18 de maio de 2014
FANTASIAS SEXUAIS
Continuando a falar dos
diretores, e do quanto cada
um dele contribuiu
para o meu crescimento
profissional . O diretor de “ FANTASIAS
SEXUAIS” JUAN BAJON
além de dirigir o filme, também escreveu
a historia ( na época
era comum o diretor
escrever e dirigir) com um elenco
como sempre repleto de
estrelas, ROSSANA GHESSA ARTHUR JOSÉ
LUCAS, ANA MARIA
KREISLER , e um batalhão de gente
talentosa que você não vê
todos os dias
na TV, instigava mais
a curiosidade do
público.
A produção
alugou uma belíssima
casa num bairro
chique de São
Paulo que era o
nosso cenário diário,
a personagem que
eu interpretava era
um louca que seduzia
os homes , os
mantinha prisioneiros, com todas
as mordomias, fazendo
sexo sem parar, e
usando varias fantasias,
uma mais louca
que a outra,
e o pobre
do coitado nem
desconfiava que quando
ela esgotasse o desejo e
as fantasias com
ele, ela o
mataria.
Uma dessas fantasias era
a madame Butterfly,
com direito a musica
e tudo mais, a produção contratou
no consulado Japonês,
o departamento de cultura, para
que viessem e trouxessem uma
roupa de gueixa para
me vestir a
caráter.
Foi uma experiência fantástica que jamais esquecerei,
outra cena igualmente
sensacional, foi a cena
que eu cubro
de mel o
ator, foi demais, divertido, com
um pote cheio
de mel e um pincel
eu cubro ele
todinho de mel,
ele pensa que é
pra gente fazer
amor mas na verdade
e para mata-lo.
Este filme tinha
muitas cenas de
nudez, e tinha sempre
que pedir para
um monte de
curioso que se
retirasse, isto era
sempre constrangedor, mas o JUAN
BAJON , me ajudou a não me
sentir culpada, eu
estava trabalhando, quem
quisesse ver a
minha nudez que fosse
ao cinema, pagando
entrada.
Passei a não mais
me sentir na
obrigação de agradar
Gregos e Troianos,
a minha responsabilidade era
tão somente fazer
o meu trabalho
da melhor maneira
possível, com responsabilidade e
profissionalismo, e o que continuo a
fazer ate hoje.
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