segunda-feira, 30 de junho de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
NAS TERRAS DO XÁ...PUREZA PROIBIDA
Voltando a Teerã,
a delegação brasileira
foi hospedada no
Hotel Hilton, da sacada
do meu quarto
dava pra ver
uma montanha toda
coberta de neve, mas o estranho e
que não sentia
frio, isso se
devia ao clima
muito seco, era recomendado
beber muita agua , pendurei as
roupas e separei
a que iria
usar de noite
para o jantar,
estava toda amassada,
então chamei a
camareira para passar
a minha roupa,
Alguém bateu a
porta e era
a própria, dei-lhe o
vestido recomendando que
tomasse cuidado porque
o tecido era delicado
e poderia queimar,
ela me olhou
com uma carinha
sorridente inclinou-se como que
fazendo uma reverencia
e respondeu-me : Bale-bale, não entendi
e respondi, não
quero que baile
quero que passe
a minha roupa,
e ela insistia
no bale-bale......demorei para
entender que bale
queria dizer sim.
O jantar a que
me referi ainda
não era a
abertura oficial do
Festival, que seria
no dia seguinte,
com autoridades, sociedade, estudantes de
Universidades e etc.,
nessa época com o
Xá Reza Parlev Teerã era
uma cidade moderna
e prospera, com
uma vida cultural
bastante ativa, e uma juventude
universitária moderna e bem vestida
como qualquer grande cidade
do mundo.
No dia seguinte nos
levaram para o Palácio do
Festival , para que pudéssemos
arrumar a apresentação
dos filme, colocando
cartazes e fotos
dos mesmos em
exposição, logo que
entrei vi uma
parede toda branca,
bem apropriada para
que eu expusesse
o material de PUREZA
PROIBIDA, mas precisava
de ajuda, então
vi o Sr. ZIGMUD
SULISTROSK, que se ofereceu de
imediato a sua
ajuda, mas sendo
a parede muito alta
era preciso uma
escada para que a
estética da exposição
não ficasse comprometida,
como ele era
gordo achei arriscado
deixar que subisse
na escada, decidi eu
mesma subir .
Eu estava me preparando
para colar na
parede o cartaz
de PUREZA PROIBIDA ,
mas a escada
não era cumprida
o bastante para
atingir o lugar
exato que eu
pretendia. Estava eu toda
esticada , na ponta
dos pés quando
ouvi uma voz:
“ You need help?” , olhei para
baixo e tinha
um belo rapaz
elegantemente vestido olhando
a minha bunda
e pernas e
me oferecendo ajuda, ( não sei se
foi por entender
que eu corria
o risco de cair
da escada, ou
pela visão que
ele tinha embaixo
da escada?) em
todo caso já
que alguém se
oferecia pra me
ajudar ... Decidi que
era melhor aceitar,
além do mais
ele era bem
mais forte e
alto do que
eu.
Cartaz e fotos
no lugar! Apreciamos
o trabalho concluído
juntos eu agradeci
e naturalmente ele se apresentou: Mtr. Jhon Regabí, o
Sulistrovsk que não
se afastou um
só minuto, foi a
minha salvação, sim... o meu
inglês e sofrível
acho mesmo que
ninguém entende de tão
ruím e claro
que meu amigo
Zigmud teve que
servir de tradutor,
eu já estava
virando de costas para
me afastar mas
me chamaram de
volta, o Mtr. Jhon , acabava de
nos convidar para
almoçar fora do
palácio do festival,
sugerindo nos mostrar
um pouco da
cidade, que alias
achei encantadora, moderna,
limpíssima sem mendigos
na rua , moças
jovens bonitas com
roupas modernas não
fazendo nenhuma diferença
com as outras capitais
do mundo que eu
conhecia, claro que
avia também aquelas
tradicionais com suas
burkas, mas principalmente uma
juventude de universitários alegres
e participativos .
O resto dos
dias que passei
em Teerã o Sr.
Regabí não me
largou mais se
oferecendo pra me
levar em seu
mercedes para todos
os lugares e
compromissos que eu
tinha que comparecer, passou praticamente
a me servir
de chofer, disse-me
o Sigmund que
ele era o
maior dono de
cinemas e distribuidor
de filmes do
Iram, mas cinceramente
isso pra mim
nunca fez qualquer
diferença, o que
sempre apreciei numa
pessoa e valorizo
sempre e a
lisura de caráter,
o resto e
só dinheiro, não
e e jamais
será garantia de
felicidade,....mas
filosofias a parte,
afora tudo ele
era uma pessoa
agradável e delicado
além de uma
companhia alegre e
divertido, embora a
nossa comunicação complicada nos entendíamos.
O Xá dava
duas recepções no
palácio para poder
dividir os convidados
e assim ficar
mais tranquilo, eu
fui a única
da delegação brasileira
a ser convidada
as duas vezes,
acredito que ainda
por conta de
Luciula que tinham
visto no ano
anterior. Numa das vezes
estava presente também
o nosso ministro
das finanças Mario
Henrique Simonsen, que
quando me foi
apresentado já estava
pra lá de
Bagdá.
O Xá e
sua Farah Diba
que alias era
linda receberam com
muito luxo e
elegância as bandejas
eram de ouro
cravejadas de pedras
preciosas , era inacreditável , parecia
coisa das mil
e uma noite.
Na Ìndia no
palácio da Indira
Ghandi também o
luxo foi igual a
única diferença e
que na Índia
se podia ver
a pobreza, aqui
não.
Assinar:
Postagens (Atom)