terça-feira, 26 de agosto de 2014
P A Y B O Y
P A Y B O Y
Quando fui convidada
pela revista playboy para
posar despida, fiquei na
duvida se devia
aceitar, não pela nudez
do ensaio, mesmo porque a
minha nudez já
tinha sido mostrada
em vários filmes, mas
porque meu filho
era pequeno, não demoraria
a estar frequentando o primeiro
ano e eu sei
que as crianças
costumam ser muito
cruéis.
Fernando de Barro,
diretor que me tinha dirigido em LUA DE MEL E AMENDOIM era
que iria dirigir
o ensaio, conversamos muito,
me garantiu que
não mostraria mais
do que já
tinha sido mostrado
nas telas dos
cinemas, que tinha
muitas formas de se
mostrar um belo
corpo nu, tanto
que quase todos
os pintores através dos
tempos sempre retrataram
e continuarão a
pintar lindas mulheres
nuas, porque um nu
e uma das
mais belas obras
de arte que
a natureza produziu
e a mão
do homem continua
a reproduzir ate
hoje, seja em telas,
em fotos ,
em cenas eróticas
no cinema, no teatro
e ate na
TV. A verdade
e que, quando
Deus resolveu criar
o homem e
a mulher ele
devia estar muito
inspirado.
Espero que as
minhas fotos possam
ser apreciadas como
obras de arte,
porque elas retratam
além de mim todo o
trabalho de uma
equipe que se
uniu para fazer
um trabalho maravilhoso ,
só me resta
agradecer a esses
profissionais que contribuíram
pra melhorar o que a
natureza me deu
e meu muito
obrigada em memoria
ao FERNANDO DE
BARROS.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA - Argumentei que eu não queria nada que não estivesse no roteiro, ou ele estaria demitido.
Em outra ocasião,
ANTONY STEFFEM perturbou tanto o
diretor “ ADNOR PITANGA” que
quase o levou a loucura, a
historia era de
suspense, em que varias
alunas da professora
Lucia (minha personagem) apareciam
mortas inexplicavelmente, e a
policia estava tendo
dificuldades para esclarecer
os assassinato, visto
que era uma
cidadezinha interiorana e
pacata onde nada acontecia, a
única criatura estranha
na cidade era
o personagem dele,
mas por se
tratar do homem
mais rico da cidade
mesmo sendo excêntrico e esquisito
o mantinham fora de suspeita.
Mas sendo ele uma estrela internacional, certamente se achou
no direito de ditar as regras e então fazendo a cabeça do diretor tentava mudar
o roteiro ao seu favor, tinha uma cena noturna que a professora depois de
encontrar mais uma de suas alunas morta
em sua banheira, apavorada tenta
ligar para a policia mas não da tempo
porque percebe que o assassino ainda se
encontra em seu
quarto, reconhecendo o noivo, sai
correndo e consegue sair tendo que atravessar o jardim, num dado momento para
em baixo de uma arvore tentando se esconder, mas percebe que tem que continuar
a correr para salvar a própria vida.
Está seria a cena a ser rodada, mas ai o diretor vira pra
mim e diz: Rossana quando você parar em baixo da arvore um braço
inerte vai bater na tua cabeça e vai
escorrer sangue sujando o teu ombro e braço. Como assim?
Perguntei... - É que em cima da arvore tem mais um corpo de outra morta... - Mas isto não está no roteiro, e
não tem porque esta garota ter sido morta
pelo psicopata, se nem aluna da professora era, ele só mata as meninas de ciúmes da noiva.
A justificativa que ambos tentaram me convencer foi que no
filme (A ERA DO FOGO) tinha uma cena onde tinham corpos pendurados nas arvores
e dava um efeito legal. Para convencer o Adnor (diretor do filme), que não podia
fazer isso foi uma briga desgastante e cansativa. Argumentei que eu não queria
nada que não estivesse no roteiro, ou ele estaria demitido.
Em outra ocasião foi o maquiador que veio fazer queixa da “baronesa”...
- Mas quem é a baronesa? - É o Antony, respondeu o maquiador. - Eu acabo a
maquiagem e ele vai escondido no banheiro e passa lápis preto nos olhos e rímel,
fui chamar atenção e me deu uma tremenda de uma bronca, querendo me convencer
que eu estava enganado, que era tudo natural, vai comprometer a minha maquiagem
e ridicularizar o personagem.
Tive que fazer um verdadeiro trabalho diplomático para não
ofender a dignidade do ator e convence-lo a suavizar a maquiagem, pois
realmente estava exagerada fora de contexto.
Este relato é mais para tentar ilustrar que não adianta ser
estrela internacional ou nacional se não se respeita os colegas de profissão,
numa filmagem e necessário uma equipe, e esta equipe tem que trabalhar em
harmonia um respeitando o outro e se ajudando quando possível, e não sabotando
o outro, é muito cansativo atuar e produzir ao mesmo tempo, só com muito amor a
arte, isto sempre tive e tenho de sobra, e mais uma vez consegui terminar um
filme, que depois de pronto e como um filho que nasce.
Quero terminar este meu relato homenageando ANTONY STEFFEN
que apesar dos seus medos e esquisitices foi perfeito para o seu personagem, em
memoria o meu muito obrigada.
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