Estávamos em Cruz Alta a cidade do Erico Veríssimo, em 1971 ainda não havia estrutura na cidade,no hotel que nos hospedamos tínhamos que fazer fila pra poder tomar banho, tudo era muito simples,
a cidade cenográfica ficava a 30km de distancia e para aproveitar a luz bonita da manhã, acordávamos
as 5h, tínhamos ainda que enfrentar uma estrada de terra que quando chovia se atolava e ficava difícil demais, se a chuva durasse mais que um dia, a estrada ficava in trafegável.
Mas chegou o dia que devíamos filmar, a curra que a Ana sofre , o ataque violento dos bandoleiros de fronteira como eram chamado, havia a cena que a Ana acorda depois do desmaio, e o que vê
os pais mortos a casa em chamas e o irmão enforcado, me lembro de olhar para a cara do ator que
fazia o papel e pensar ( caramba! como ele está bem, que interpretação, parece ate que é de verdade!)
o pior é que era: quando se faz uma cena de enforcamento, se coloca uma especie de cinto, como esses que hoje se usa para escalada ou outro esportes perigosos para segurança, a diferença e que te um gancho atrás nas costas na altura do pescoço por onde se coloca a corda que passa pelo pescoço
para parecer que a pessoa está enforcada, só que, apertaram demais esta parte e o ator estava enforcado de verdade, como estava com as mãos amarradas atrás e a corda em volta do pescoço não lhe permitia falar, quando o diretor gritou corta, e foram tirar o rapaz, estava inconsciente e sem pulso,foi um sufoco reanima lo, quase que o pobre morre de verdade.
Por hoje basta, mas vou contar mais 2 episódios que também aconteceram durante as filmagens de
Ana Terra.
beijos
Rossana Ghessa