quinta-feira, 27 de junho de 2013

QUELE DO PAJEÚ E O TAPA NA COXA


Alguém me perguntou como foi a bilheteria de QUELÉ DO PAJEÚ, infelizmente não tenho esta resposta, como também não sei qual foi o acordo dos produtores brasileiros com a Columbia, era muito nova, não me ligava nesse tipo de coisa, só sei que era uma superprodução.

Posso lembrar-me da estreia no cinema Roxi, tinha cordão de isolamento com um tapete vermelho até a porta do cinema, com holofotes, fotógrafos, repórteres e tudo o mais que faz parte de um grande acontecimento, tinha tanta gente na frente do cinema, que me senti realmente como uma estrela, mas uma coisa é certa, o filme foi sucesso no mundo inteiro.

Aconteceu uma coisa, que hoje me parece engraçada, mas na época foi horrível, quando me levaram para São Paulo, para um jantar com o Mr.Levim (acho que era esse o nome) o maioral da Columbia estavam também o Anselmo Duarte, o Tarcísio Meira, e a diretora da Columbia no Brasil Rany Rocha, um amor de pessoa! Durante o jantar, sentaram do meu lado o Sr.Levim e do outro lado o Anselmo, que no final já estava meio alto de tanto beber, o Sr.Levim começou a falar dos planos para o filme, e toda vez que queria enfatizar o que dizia dava um tapa na minha coxa, acontece que ele era muito grande e os tapas começaram a deixar a minha perna vermelha (eu estava usado um mini vestido de antílope bem curtinho e botas) num dado momento o meu sangue italiano falou mais alto, me virei pra ele de dedo em riste e disse:“- Se der mais um tapa na minha coxa eu lhe dou um tapa na sua cara!”. Foi um silencio total..., mas em seguida todos tentaram amenizar a situação, menos o Anselmo, que disse logo: ”- Dá porrada nesse f... da p....que eu ajudo!”

Ato continuo, pedi para ir embora, antes que me levantasse Mr.Levim disse: “-Minha dió tengo la giave del sucesso voi mostra tu cara linda en todo el mundo”.

Rossana Ghessa

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