segunda-feira, 2 de setembro de 2013
O DIRETOR DE PRODUÇÃO HAVIA CONVIDADO...PARA VEREM A ROSSANA GHESSA, AO VIVO E A C ORES, TIRANDO A ROUPA....
Voltando a falar de cinema, me lembrei de um diretor (ALBERTO PIERALISI) ele me dirigiu em dois filmes( MEMORIAS DE UM GIGOLÓ) e um MARIDO SEM.......É COMO UM JARDIM SEM FLORES) italiano como eu, e tio da Virna Lisi, atriz maravilhosa, me lembro, que tive que voltar correndo da Índia, onde fui representar o Brasil no Festival de Nava Delhi com o filme Quelé do Pajeú, para começar a filmar, o set de filmagem era uma casa em Santa Tereza onde era o bordel que a minha personagem trabalhava, era o terceiro filme que eu trabalhava com o Jesse Valadão, e na época nos acabávamos sempre batendo de frente, eu não concordava com as investidas do Jesse, eram muito cansativas, o jeito machão cafajeste que ele incorporava era tremendamente irritante, mas o diretor Pieralise; homem experiente e ponderado que era conseguia sempre controlar o mal gênio do Jesse.
ALBERTO PIERALISE pensava cinema como espetáculo, era um direto ágil, ensaiava cada cena nos mínimos detalhes e não esquecia de nada que aparecesse no enquadramento da câmera. Tem uma cena logo no início do filme, quando a Lu (nome da personagem) chega no bordel e conhece o enteado da dona do bordel ( Claudio Cavalcante ) ai tem todo um jogo de sedução , a Lu pega um cigarro tira uma tragada e joga a fumaça na cara dele, acontece que eu não sabia fumar, engasguei com a fumaça e não parava de tossir nunca mais. Foi um sufoco, mas o diretor com toda a paciência do mundo me ensinou como fazer, mas levamos horas ate que eu conseguisse fazer o gesto com naturalidade.
Em (UM MARIDO SEM.....É COMO UM JARDIM SEM FLORES) teve um episódio onde ele mais uma vez teve que intervir com a sua paciência. Estávamos filmando numa belíssima mansão no alto da boa vista na casa de uma socialite. O diretor de produçãohaviaconvidado os amigos grã-finos para verem ao vivo e a cores a ROSSANA GHESSA tirando a roupa. Quandoentrei na sala onde a cena seria realizada (no elenco do filme além de mim, tinha Francisco de Franco,Murilo Neri, Felipe Carrone eRosita Tomas Lopes, que fazia a minha mãe) e vi que estava lotada de gente estranha. Chamei o diretor de produção e pedi que evacuassema sala, pois eu não ia dar espetáculo pra ninguém. Ele ficou tão furiosocom a minha recusaque quase me bateu tão prepotente e pretencioso.Foi a única vez que vi o PIERALISE perder a elegância. Ficou uma ferade verdade,teria despedido o infeliz se não tivesse me pedido desculpas. Felizmentehoje as coisas mudaram bastante, pois há mais respeito com os profissionais. Antigamente,tinha não só diretores de produção, mas também diretores que gritavam com o elenco sem o menor respeito. Isto acabou.
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