domingo, 5 de janeiro de 2014

CARTAZ DO FILME A PANTERA NUA


FOTO ROSSANA NO FILME PANTERA NUA


FOTO FILME PANTERA NUA


PANTERA NUA EM TEMPO DE FESTAS NATALINAS

A PANTERA NUA 

Hoje refletindo sobre as festas natalinas me veio a memoria as filmagens de A PANTERA NUA, onde interpretava uma modelo que era também uma alpinista social e aprontava as maiores confusões tentando dar o golpe do baú.
O filme era uma co-produção com o Paraguai, e fazia parte do contrato rodar parte do filme em Asunción, escolhemos rodar as cenas do desfile na piscina do Hotel, mas antes revolvemos fazer a cena que simbolizava a liberdade da personagem, que era o seguinte, a  personagem vinha  numa cavalgada louca,  alegre e brincando, (detalhe fazia um calor de 50 graus, parecia que tinham aberto a boca do inferno).
O assistente trousse o cavalo que eu ia montar, (que era uma égua e estava tremendamente irritada por causa do calor), eu sempre fui boa Amazonas, mas confesso que não estava preparada para o que aconteceu, montei  a minha posição esperando o comando do diretor, que daria o AÇÃO  acenando um lenço branco, para que eu pudesse ver pois estava distante uns 500metros , quando ele acenasse eu partia em disparada na direção da câmera, lenço acenando e lá fui eu em disparada, mas ....surpresa,  a égua começou a corcovear no ar igual a cavalo de rodeio, depois do impacto do susto, tentando retomar o controle da situação, puxei as rédeas para parar, mas a égua era de salto e entendeu que era pra saltar, desprevenida, consegui me segurar quando levantou as patas da frente, mas quando desceu no impulso eu voei por cima da cabeça do cavalo e aterrissei de mergulho, a primeira reação é proteger o rosto e bati no chão, com as mãos primeiro, a sorte é que o terreno além de gramado era arenoso, o que amorteceu a queda, bom nem preciso dizer que além de machucada estava toda tremula, mas tínhamos que repetir a cena, montei e tomei a mesma distancia, o diretor abanou o lencinho e eu disparei, desta vez a cretina da égua além de corcovear investiu diretamente pra cima da equipe, eu tentava parar mas quando fui puxar as rédeas não tive força nas mãos, tinha machucado as falanges, a única coisa que consegui fazer foi desviar,  a égua estava enlouquecida tentando se livrar de mim, investiu contra os troncos das arvores, passou entre outra duas bem juntas, aguentei firme falando pra ela, tentando acalma-la e a duras penas consegui voltar para junto da equipe.
O diretor me disse: “ - Vamos ter que repetir, ok!”  Tudo de novo...mas dessa vez a coisa quase vira um acidente sério, a  pobre da égua estava muito nervosa, e desta vez além de corcovear, pular feito um cabrito, quando chegou perto da equipe eu cai e fiquei com o pé preso no estribo e fui arrastada ate que o tratador nos alcançasse e a segurasse, fui socorrida e cuidada com todo carinho pela minha camareira, passei a noite delirando com 39 graus de febre, mas no dia seguinte eu tinha uma cena de desfile com salto dez e meu tornozelo estava todo inchado, acontece que era dia 19 de Dezembro, era a ultima cena para podermos voar pra casa e passar o Natal com a família, e eu em particular com o meu bebe que tinha apenas 4 anos.

Logo de manha o medico veio me ver e disse que teríamos que adiar a cena por uns três dias, fiquei desesperada, íamos perder as reservas do avião e seria impossível consegui outros lugares antes do Natal, tive que tomar uma atitude drástica, chamei o medico e perguntei se podia me dar uma injeção de xilocaína, a dor passaria e eu poderia desfilar sem fazer cara de dor, e assim poderíamos todos ir para casa, claro que não foi fácil convencer o medico, mas finalmente ele concordou, fiz um lindo  desfile terminamos as filmagens e todos pudemos voltar a tempo de passar o Natal com as respectivas famílias.