quarta-feira, 6 de novembro de 2013

FOTO ROSSANA GHESSA


IMAGENS DO CLASSICO ANA TERRA


ROSSANA GHESSA - ATRIZ APROVADA PELO GRANDE ESCRITOR GAUCHO ERICO VERISSIMO NO CALSSICO ANA TERRA


ROSSANA GHESSA NO CLASSICO ANA TERRA


ELE NAO RESPONDEU...ME ABRACOU COM FORCA E EM SEGUIDA DESAPARECEU...

 AINDA  FALANDO DE ANA TERRA...
Quando fui convidada para filmar ANA  TERRA , eu sabia que ia ser muito importante , não só pela personagem maravilhosa que é, mas porque eu fui envolvida desde a adaptação do romance até a produção e as filmagens propriamente ditas;  levou  mais ou menos um ano, depois do roteiro pronto, fomos a Porto Alegre,  Durval Garcia o produtor, diretor e autor da adaptação do  romance, me levou para me apresentar  e conversar  com Erico Verissimo, fiquei emocionada  e  ao  mesmo tempo  apreensiva, com medo de não ser aprovada pelo  criador.
Depois de apresentados   e acomodados  para conversar,  ele  ficou  algum  tampo  me olhando, eu ainda estava com os cabelos loiros da Bebel  que  acabara de  rodar, então me apressei  em dizer...não se preocupe  vou  pintar  os cabelos,  ele  me  respondeu  gentilmente, (tenho  certeza  que  loira  ou morena  fará uma  bela  Ana), palavras  magicas  que  marcaram para   sempre  a minha   carreira.
Fomos  para Cruz  Alta  escolher  a  locação, feito  isso , regressamos   para  Porto  Alegre  para escolher  o resto  do  elenco ,  fora  eu  e  o Geraldo  Del  Rey,  que interpreta  o  Pedro  missioneiro, todo o  resto   do elenco  foi  local.
Cruz Alta e  uma pequena cidade distante  de Porto Alegre uns 200 kml,  o único  Hotel da  cidade  era  todo de madeira  com dois andares  e  vários quartos,  não lembro  exatamente  quantos,  só  lembro que havia um  único banheiro, resultando,  no final  do dia era  uma fila enorme para o banho, e de manha , igualmente  para outras  coisas,  em seguida  no salão térreo  fazíamos a primeira refeição, que era sempre  muito variada,  como só os gaúchos sabem  servir, todo  mundo bem alimentado saímos  numa  fila de carros rumo a locação, a fazenda  da  família Terra, que ficava a 30 km  numa estrada de terra,  que quando chovia  ficávamos  atolados, e todo  mundo tinha que descer  para empurrar  os carros,  uma verdadeira  aventura,   eu estava  tão encantada, envolvida  num clima de amor e magia, apaixonada pelo diretor  DURVAL GARCIA, era um misto de amor com admiração, confiança no homem  tão encantador, integro, inteligente, gentil...parecia um maestro regendo uma orquestra,  e eu um( stradivarius ) solando uma  sinfonia composta   especialmente para mim.
Durante toda a minha vida sempre me comportei de acordo com os ensinamentos recebidos dos meus pais, que eram pessoas muito simples, porem com uma postura perante a vida, o que era absolutamente admirável, meu pai era um homem trabalhador,  tinha uma alegria de viver que contagiava, estava sempre cantando, e eu herdei  isso dele, também estou sempre cantando, talvez porque a musica me ajude a expressar todos os meus sentimentos, tanto alegres como os tristes, a musica e divina, e a linguagem dos anjos.  

Tinha me despedido do meu pai  na porta do elevador quando eu fora embora do hospital  onde  ele  estava internado, no INCA( durante aproximadamente um mês, eu fui a alegria da ala onde ele se encontrava, tive permissão  para visita-lo todos os dia de manhã, claro que para infringir as regras de uma visita semanal, o fato de ser famosa foi fundamental, todos os pacientes esperavam por mim com ansiedade, pois  eu chegava brincando e cantando,  levando  alegria, me lembro do comentário  de  um velhinho magrinho e sorridente “ quando vc chega e como um raio de sol entrado neste andar”,  foi com um beijo na testa e um sorriso nos lábio que meu pai se despediu . No dia seguinte eu viajei para Cruz Alta , para as filmagens  de Ana Terra, já fazia semanas que estávamos filmando exaustivamente, o diretor de produção  batia na porta acordando todos as cinco horas  da madrugada, a locação era longe e tínhamos que chegar bem cedo para aproveitar o sol da manhã.
Por causa das  dificuldades  de  comunicação  não  tinha  noticias de  casa a bastante tempo, dependia  do  radio amador  pra  ligar  e com o  trabalho a todo  vapor sobrava pouco tempo. Numa  manhã  fria, ainda escuro ,  bateram  a minha  porta, pensei  ser o  diretor  de  produção  para  me  acordar, mas quando  abri  a porta  o meu pai  estava  diante  de mim, estava só com a calça  azul  claro  do  hospital  e muito  suado,  como se  tivesse  feito  um grande  esforço  físico, perguntei  o  que  estava  fazendo  ai, e ele  através  de  gestos  me fez  entender  que  não queria  mais  ficar  no  hospital,  respondi: - Ok  vai pra  casa, logo  estarei  de  volta,  ele não respondeu  me abraçou com  força e em seguida  virou de costas e desapareceu.
Fiquei  desesperada  sem  entender  nada,  senti  também uma  fraqueza  que  cai  sentada  no chão  chorando   convulsivamente  e  tremendo de  frio, pois  a  minha  roupa  estava  molhado  do suor  do  meu  pai,  foi nesse estado  deplorável   que  o  Durval  Garcia  (diretor do filme) me  encontrou,  contei  o que  tinha  acontecido,  sentando-me   na  cama, disse  que  por estar  preocupada  com o  estado  de  saúde  do  meu  pai,  tinha  tido um pesadelo, quinze dias  depois  chegaram  duas  cartas,  endereçadas  ao  Durval,   após  abrir  e  ler uma  delas,  ele  me  entregou  dizendo  que não  tinha  o  direito de  esconder  de mim.

A  carta era  da minha  irmã,  contava  que  papai  havia  falecido faziam 15  dias, e  que  não tivera  como  me avisar,  se  Durval  entendesse  que a noticia  podia  prejudicar  o meu  desempenho,  que  não  contasse  nada,  ela  me  contaria  quando  eu regressasse  ao  Rio.






domingo, 29 de setembro de 2013

FOTO ROSSANA(ANA) - FILMAGENS DE ANA TERRA


ROSSANA MONTADA A CAVALO NAS FILMAGENS DE ANA TERRA


CARTAZ FILME ANA TERRA


REFLEXÕES – ANA TERRA E O TEMPO E O VENTO


Hoje, depois de 58 filmes, refletindo sobre todas as personagens que já vivi, não só no cinema, mas no teatro, TV, shows, e até fotonovelas que fiz, fiquei pensando qual desses personagens realmente ficou, e conclui que todos de uma forma ou outra ajudaram no meu crescimento como atriz, mas alguns com certeza tiveram uma importância maior, não só pela intensidade das personagens, mas por todo um clima que se forma durante o processo de criação/produção, no dia a dia de uma filmagem e finalmente no trabalho finalizado, pronto para ser apresentado e comercializado, são meses convivendo com toda uma equipe que se torna uma família unida em torno de um mesmo objetivo (realizar aquela obra) que passa a pertencer um pouco a cada um, ai nos despedimos esperando o próximo trabalho onde começaremos tudo de novo e fica a saudades de cada um pois dificilmente  reuniremos a mesma equipe.
Desses personagens ANA TERRA, ainda hoje me toca profundamente, ouvindo a mídia toda falando do novo filme (O TEMPO E O VENTO) a trilogia do (ERICO VERISSIMO) da qual ANA  faz  parte  me  senti estranha, foi como se alguém estivesse usurpando algo que só a min pertencia, como se falassem de  uma pessoa que me era muito querida e os sentimentos foram se misturando, era como se referissem a mim , sentia ao mesmo tempo orgulho mas também senti ciúmes, estranho, porque ANA é apenas uma personagem que vivi, a quem dedique quase um ano da minha vida, emprestei o meu corpo, sentimentos e emoções, e durante as filmagens em CRUZ ALTA  terra de ÉRICO VERISSIMO, uma pequena cidadezinha  no meio dos pampas Gaúchos, aconteceu muita coisa, meu pai faleceu no Rio de Janeiro, sem que eu soubesse, não tinha nem telefone para me avisarem, tínhamos que nos comunicar por meio de radio amador, era complicado, porque tínhamos que avisar e marcar hora pra falar com as pessoas, e o radio nem sempre funcionava, e mesmo que conseguissem falar comigo não haveria tempo para chegar.
Vi o ator quase morrer enforcado e o diretor DURVAL GARCIA sedo atropelado por uma vaca doida enfurecida, fiz novos amigos, aprendi a dirigir, passei noites em claro antes da cena da curra, um lampião de querosene quase explodiu na minha cara, porque alguém distraído trocou o querosene por gasolina, felizmente o meu anjo da guarda estava atento, e o diretor num lampejo de intuição que só o amor confere, quando eu ia aproximar a chama do lampião, gritou: - CORTA e mandou conferir o liquido.

Tenho certeza de uma coisa, que a ANA que eu vivi, não poderá ser interpretada por mais ninguém, porque apesar de forte e destemida, havia em seu olhar algo inocente e virginal, na expectativa de um futuro misterioso e cheio de amor e esperança, onde os sentimentos da ANA se confundiram com os da ROSSANA.

PERLIASE E O KING KONG


Depois de uns dias sem poder escrever por causa de um pequeno problema no olho direito, finalmente volto a narrar minha trajetória.
Continuo a falar desse Diretor generoso que foi o ALBERTO PIERALISE, fiz dois filmes com ele, já falei do segundo “UM MARIDO SEM... E COMO UM JARDIM SEM FLORES”, mas o primeiro foi MEMORIAS DE UM GIGOLÓ com  um  elenco   maravilhoso , trabalhei ao lado de  JECÉ VALADÃO,  CLAUDIO CAVALCANTE , NEUSA AMARAL e outros. O filme é uma comedia super engraçada, tive que voltar da Índia correndo para iniciar as filmagens, a produção era da MAGNUS FIMES que pertencia ao Jecé, e nessa época não havia captação de recursos, a produtora tinha que fazer parcerias com a distribuidora e exibidora ( que quase sempre era a mesma) para garantir a estreia do filme, quando pronto,  não tinha dinheiro para cenários ou estúdio, então as locações eram quase sempre em casas alugadas ou emprestadas por amigos ou amantes do cinema, e aconteceu que uma das locações foi na casa  do José Albuquerque, na época meu noivo, ele era engenheiro industrial, dono de uma construtora.
Lembro-me do dia, que tínhamos parado para almoçar, e quando voltamos um pião de obra com dois metros de altura e tries de largura invadiu o set  completamente bêbado querendo falar com o José,  toda a equipe já tinha argumentado  tentando manda-lo embora mas  não tinha argumento que o convencesse.
Eu fui ficando irritada, meu sangue italiano falou mais alto, me levantei. Parei na frente do kink kong, com meu dedo em riste e falei!  Você não esta vendo que esta atrapalhando o nosso trabalho? Saia já daqui seu boçal... Ele me olhou e foi ficando roxo de raiva, enquanto eu continuava com meu discurso de indignação, por um momento pensei que fosse me agredir, foi bem na hora que o José e o Jece Valadão  chegaram, o Jece se colocou entre nos, levando ele para fora do apartamento, quando voltaram o Jece me disse:
-Garota! Se aquele cara de da um tapa não haveria plástica que consertasse a tua cara.
Eu sempre tive esse lado de valentia, ate ladrão com revolver na minha cara eu enfrentei. Em Ana Terra montei cavalo que nem gaúcho montou, dirigi lancha em alta velocidade sem saber nadar, acredito que isso é própria da juventude que se acredita Imortal, comecei a controlar esse meu traço depois que o meu filho nasceu, passei a contar ate dez antes de me meter a valente, ou melhor, ainda tenho os meus momentos que tenho que ser valente, mas diante de fatos reais que a vida nos coloca e não tem outra forma a não ser enfrentar com a cabeça erguida e seguir em frente.

O PREÇO DA OMISSÃO É MAIS BARATO DO QUE DA AÇÃO, MAS SUAS CONSEQUENCIAS SERAO MAIORES. 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

FOTO DO FILME QUELÉ DE PAJEÚ



Quelé do Pajeú - filme brasileiro em co-produção com a Columbia Pictures, Supeeer produção: com Tarcísio Meira, na época o grande astro nacional, Jece Valadão, Guilup, Sergio Hingsty, e a estreia de Elizangela no cinema. Além de termos filmado em Paulo Afonso, depois fomos para uma fazenda em Itu, porque a vegetação é igual a da caatinga e a produção alugou duas fazendas, uma onde eu, Elizangela com a mãe, o diretor de produção nos hospedamos e a outra de propriedade do próprio Anselmo Duarte, que hospedou o Tarcísio Meira para que tivesse mais privacidade. Todos faziam as refeições na fazenda que eu estava e esta historia e cumprida demais, por isso vou ter que contar aos poucos. Bjjjjjjjjjjjjs a todos.



FOTO DE REPORTAGEM REVISTA MANCHETE

Reportagem feita para a revista Manchete. Fomos fotografar no Parque da Cidade, que alias é lindo. Passamos o dia inteiro trabalhando com tranquilidade... Final da tarde... Fui atacada por muriçocas, o ataque foi tão feroz que fui parar no pronto socorro.

CENA DO FILME – MEMÓRIAS DE UM GIGOLÔ





Memorias de um Gigolô, com Rosana Ghessa (Eu), Jesse Valadão e Claudio Cavalcante, que fazia o filho adotivo da dona do bordel onde a Lú (minha personagem) trabalhava, o filme é uma comedia romântica divertida... A disputa de dois homes para ficar com uma prostituta com cara de anjo e de uma certa forma ingênua, mas com uma capacidade incrível de colocar pra cima as pessoas a quem queria bem... e com um final inesperado.

FOTO DE CENA DO FILME “UM MARIDO SEM ... É COMO UM JARDIM SEM FLORES”

 
Cena do filme “UM MARIDO SEM...É COMO UM JARDIM SEM FLORES”


Filmagem realizada em uma mansão belíssima no alto do Leblon... A simpática dona da casa acabou fazendo figuração.

Pessoas em cena:

Rosita Tomaz Lopez – seu personagem: minha mãe

Felipe Carone: uma pessoa maravilhosa e um ator e comediante de muito talento.

Francisco di Franco : o meu par romântico, e o galã da vez... Ainda não estava apaixonado por mim.

Murilo Neri: um amor de pessoa, na época era além de ator, apresentador, colunista social.



Rossana Ghessa (Eu) fazia uma patricinha mimada e cheia de personalidade.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013



O DIRETOR DE PRODUÇÃO HAVIA CONVIDADO...PARA VEREM A ROSSANA GHESSA, AO VIVO E A C ORES, TIRANDO A ROUPA....

Voltando a falar de cinema, me lembrei de um diretor (ALBERTO PIERALISI) ele me dirigiu em dois filmes( MEMORIAS DE UM GIGOLÓ) e um MARIDO SEM.......É COMO UM JARDIM SEM FLORES) italiano como eu, e tio da Virna Lisi, atriz maravilhosa, me lembro, que tive que voltar correndo da Índia, onde fui representar o Brasil no Festival de Nava Delhi com o filme Quelé do Pajeú, para começar a filmar, o set de filmagem era uma casa em Santa Tereza onde era o bordel que a minha personagem trabalhava, era o terceiro filme que eu trabalhava com o Jesse Valadão, e na época nos acabávamos sempre batendo de frente, eu não concordava com as investidas do Jesse, eram muito cansativas, o jeito machão cafajeste que ele incorporava era tremendamente irritante, mas o diretor Pieralise; homem experiente e ponderado que era conseguia sempre controlar o mal gênio do Jesse.

ALBERTO PIERALISE pensava cinema como espetáculo, era um direto ágil, ensaiava cada cena nos mínimos detalhes e não esquecia de nada que aparecesse no enquadramento da câmera. Tem uma cena logo no início do filme, quando a Lu (nome da personagem) chega no bordel e conhece o enteado da dona do bordel ( Claudio Cavalcante ) ai tem todo um jogo de sedução , a Lu pega um cigarro tira uma tragada e joga a fumaça na cara dele, acontece que eu não sabia fumar, engasguei com a fumaça e não parava de tossir nunca mais. Foi um sufoco, mas o diretor com toda a paciência do mundo me ensinou como fazer, mas levamos horas ate que eu conseguisse fazer o gesto com naturalidade.

Em (UM MARIDO SEM.....É COMO UM JARDIM SEM FLORES) teve um episódio onde ele mais uma vez teve que intervir com a sua paciência. Estávamos filmando numa belíssima mansão no alto da boa vista na casa de uma socialite. O diretor de produçãohaviaconvidado os amigos grã-finos para verem ao vivo e a cores a ROSSANA GHESSA tirando a roupa. Quandoentrei na sala onde a cena seria realizada (no elenco do filme além de mim, tinha Francisco de Franco,Murilo Neri, Felipe Carrone eRosita Tomas Lopes, que fazia a minha mãe) e vi que estava lotada de gente estranha. Chamei o diretor de produção e pedi que evacuassema sala, pois eu não ia dar espetáculo pra ninguém. Ele ficou tão furiosocom a minha recusaque quase me bateu tão prepotente e pretencioso.Foi a única vez que vi o PIERALISE perder a elegância. Ficou uma ferade verdade,teria despedido o infeliz se não tivesse me pedido desculpas. Felizmentehoje as coisas mudaram bastante, pois há mais respeito com os profissionais. Antigamente,tinha não só diretores de produção, mas também diretores que gritavam com o elenco sem o menor respeito. Isto acabou.



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

VIVI UMA NOITE DE SONHOS ...SERVIDA EM BANDEJAS DE OURO CRAVEJADAS DE PEDRAS PRECIOSAS – LUCIOLA PARTE 3

Na Foto:Rossana Ghessa com John Regabí em recepção no Palácio do Xá Reza Pahlevi no Irã


Passei um ano me dedicando ao personagem mais importante da minha vida, ser mãe de Romolo, nesse ano trabalhei pouco para poder me dedicar um pouco mais a minha mais perfeita obra prima, mas os iranianos devem ter ficado muito impressionados com Lucíola e veio novo convite para o festival, então resolvi levar (Pureza Proibida) primeiro filme produzido por mim.

Cheguei a Teerá no final do dia, a coisa que mais me deixou impressionada foi a cor do céu, era de um vermelho misturado com rosa e lilás, parecia uma pintura, e de repente ficou uma coisa maravilhosa, porque uma voz que se ouvia em toda a cidade cantava uma espécie de lamento que me deixou emocionada, quase as lagrimas, parecia que estava num sonho, era a hora da reza e os caras cantavam em cima dos minaretes para que todos pudessem ouvir, e fizessem as suas orações onde quer que se encontrassem, fui para o hotel nesse clima de emoção e quando abri a janela do meu quarto, bem em frente tinha uma montanha toda coberta de neve, lindo demais, o meu primeiro compromisso era no dia seguinte: colocar o material do filme no palácio do festival.

No dia seguinte, logo cedo, já estava eu pendurada numa escada tentando colocar o cartaz do filme na parede, quando de repente, ouvi alguém perguntando em inglês, se precisava de ajuda, respondi afirmativo é foi assim que conheci o Sr.John Regabí, que gentilmente fez todo o trabalho pra mim, depois de nos apresentarmos, fiquei sabendo que ele era o maior distribuidor do Irã, dono de uma infinidades de cinemas, ficamos amigos e ele não desgrudou mais, passou a me acompanhar para todas as recepções.

O meu filme que foi exibido fora de competição, como era de se esperar foi o mais concorrido, toda a imprensa queria entrevistar a Lucíola, que agora era Lucia num filme igualmente impactante, uma freia que se apaixona por um negro do candomblé, algo incompreensível.

Numa coletiva de imprensa, fui bombardeada não só por jornalistas, mas também universitários, queriam saber tudo, como era fazer um filme, interpretar essas personagens tão diferentes uma da outra, que tiravam a roupa e tinha cenas de amor muito sensuais, de que forma interferia na minha vida pessoal, etc., na noite seguinte teria a recepção no palácio do Xá Reza Pahlevi, lembro que era um homem encantador, acompanhado da sua linda rainha de olhos de esmeralda , Farah Diba, linda, altiva, elegante e ao mesmo tempo delicada, vivi outra noite de sonhos servida com bandejas de ouro cravejadas de pedras preciosas.

Para poder receber todas as delegações a recepção do palácio foi dividida em duas noites, eu fui à única convidada nas duas.

O Sr.John, que não me largava, a essa altura já estava completamente encantado por mim, sinceramente, até hoje não entendo como ele me entendia, porque meu inglês é horrível ate hoje, talvez por isso eu tenha aceitado jantar na casa dele com toda a família, pois só depois através do Adido Cultural fiquei sabendo que isto significava quase que um casamento...

Felizmente eu embarquei de volta para o Brasil no dia seguinte, acreditei que com isto o assunto estava encerrado, qual não foi a minha surpresa... Três meses depois toca o telefone, era o próprio, estava no Brasil hospedado num hotel pertinho da minha casa, para retribuir a gentileza, também dei um jantar com minha família, depois tivemos uma discussão, eu dei uma desaparecida, e ele foi embora, logo depois ocorreu a Revolução Iraniana, os Khomeinis* tomaram conta do Irã e nunca mais ouvi falar dele, torso para que tenha conseguido fugir.

Eu quero deixar registrado, que o Irã que conheci era um país moderno, com uma juventude estudantil ativa e vibrante, eu não vi miséria, vi cidades lindas e limpas como, por exemplo, Sfaham, que era um oásis no meio do deserto, onde um sheik mandou construir um palácio para descansar durante a travessia, e que virou um hotel das mil e uma noites onde me senti a própria Sherazade.

É uma pena que esse festival tenha acabado, e com isso a chance de uma troca cultural muito interessante, que enriquecia os dois lados, os visitantes e os visitados.

DEVEMOS SER A MUDANÇA QUE QUEREMOS VER NO MUNDO.(Mahatma Gandhi )



*Só para lembrar... A Revolução Iraniana, ocorrida em 1979, transformou o Irã - até então comandado pelo Mohammad Reza Pahlevi – de uma monarquia autocrática pró-Ocidente, em uma república islâmica sob o comando do aiatolá Ruhollah Khomeini.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

FOTO ROSSANA GHESSA E SEU FILHO ROMULO


LUCIOLA O ANJO PECADOR PARTE II – O NASCIMENTO DE ROMULO



Antes de nos levarem para o Hotel, na espera de que consertassem as turbinas, estávamos num jumboda Air France e duas turbinas tinham pifado, resolveram servir o jantar...mas se a razão foi de acalmar os passageiro, não funcionou, somente lá pelas duas da madrugada chegamos ao Hotel Meridiam.


Eu estava cansada e fui dormir quase que imediatamente. Acordei as 6:30 morrendo de cólicas, como não queria dar uma de fresca fiquei suportando a dor, ate que me dei conta que o lençol estava molhado, bom, claro que ai fiquei apavorada, e se estivesse perdendo o bebe? Seria uma tremenda irresponsabilidade da minha parte, olhei as horas, já eram oito da manhã, então liguei para minha casa, atendeu a minha secretaria, assustada perguntou se já tinha chegado em Paris.


Pedi que ligasse para o Dr.Ciril, e contasse o que tinha acontecido,quinze minutos depois o medico ligou edisse.


“-Não meche músculo, estou indo te buscar em mais ou menos quarenta minutos”.


Fui resgatada e carregada direto para a minha cama, depois de me examinar vaio o veredito :


“- Você fez uma fissura na bolsa de agua, se ficar quietinha vai cicatrizar e tudo ficará bem, não pode se levantar para nada, entendeu?”


Eu tinha entendido sim, mas a minha mala, passaporte tudo foi parar em Paris...


Estava chateada, euqueria muito ir, fiquei sabendo depois que o filme que estrelei, LUCIOLA O ANJO PECADOR foi um grande sucesso no Festival deTeerá, as entradas foram vendidas a 80 dólares e as filas faziam voltas no quarteirão.





Depois de três dias quieta, não estava sentindo mais nada, ai conclui que estava tudo bem, me levantei,tomei um belo banho, estava pronta para sair, fui ate a sala falar com a Wanda minha secretaria e derepente a bolsa acabou de arrebentar, foi um corre,corre danado, mas não teve jeito, meu filho Romolo nasceuas 20horas...

domingo, 21 de julho de 2013

LUCIOLA E O PALÁCIO

Hoje quero falar um pouco de LUCIOLA O ANJO PECADOR, um filme lindo, que teve a produção muito bem cuidada, tanto nos figurinos quanto no décor e tinha uma equipe só para cuidar do guarda-roupa, que era maravilhoso. O filme teve a cena do baile filmada num palácio lindo, cedido pelo governo por apenas 24h, tempo que tínhamos que liquidar todas as cenas que se passavam ali, foi uma grande pauleira, lembro que a ultima cena, eu descia uma escada, estava cansada, o dia inteiro correndo, troca de roupas, penteado, a equipe de iluminação muda a luz, enfim um estresse de matar.

Pronta finalmente para rodar, de pé no topo da escada o diretor (Alfredo Starnheim) grita: Ação, eu começo a descer as escadas, mas de repente tudo escurece, desmaio e rodo escada abaixo, felizmente não aconteceu nada, a roupa de época amorteceu a queda e não me quebrei toda, coisas que fazem parte do trabalho...

O filme foi indicado para o festival de Teerá, isto foi em 1975 ainda na época do Xá Reza Parlev, mas na data eu estava gravida de 8 meses, fato que me impedia de viajar de avião, eu não ia me deter por causa disso, fui no meu medico pedir autorização, que claro que não deu, eu então peguei o assistente dele e fiz com que assinasse a autorização, enfim pronta para ir, me mandei para o aeroporto, foi um tal de sobe atestado pra lá vai atestado pra cá, ate que embarquei, mas os problemas ainda não tinham terminado.

Já estávamos sobrevoando o Atlântico, quando o comandante avisou: Senhoras e Senhores passageiros, por problemas técnicos estamos regressando para o Rio de Janeiro. Walter Kury, já tinha tomado remédio para dormir e estava completamente apagado como o resto da delegação, acordadas só eu e Kaite Hassem que começou a chorar dizendo que não queria morrer, eu não estava nervosa, mas estava pensando no meu bebe, que dava pulos dentro da minha barriga, o avião fazia tanto barulho que achei que não ia conseguir pousar, mas apesar de meio avião pendurado na cabeceira da pista, paramos.

Fomos todos levados para o Hotal Meridiam, no dia seguinte seriamos embarcados diretamente, para seguir viagem...

continua....

Dedico a Todos os Amigos e Amigas

Já que essa data não é explorada comercialmente, dá ânimo escrever sobre ela.
Este poema de Charles Chaplin retrata, para mim, o Dia do Amigo. Sendo assim, receba-o como um véu de esperança em dias melhores, entre nós, humanos, e:
FELIZ DIA DO AMIGO!!


"Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado; alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Neste mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nesta coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível de encontrar: A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja pouco para as suas necessidades.
Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
Nós ainda vamos rir muito disso tudo!

Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher o meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela..."

domingo, 30 de junho de 2013

O Estrangulamento

Os acontecimentos paralelos a uma filmagem, são muito e de vario tipos, este do Mstr.Levim, na época foi estressante, mas agora olhando com o distanciamento do tempo, e engraçado, já o que aconteceu durante as filmagens de Ana Terra, por pouco não se tornou uma tragedia.
Estávamos em Cruz Alta a cidade do Erico Veríssimo, em 1971 ainda não havia estrutura na cidade,no hotel que nos hospedamos tínhamos que fazer fila pra poder tomar banho, tudo era muito simples,
a cidade cenográfica ficava a 30km de distancia e para aproveitar a luz bonita da manhã, acordávamos
as 5h, tínhamos ainda que enfrentar uma estrada de terra que quando chovia se atolava e ficava difícil demais, se a chuva durasse mais que um dia, a estrada ficava in trafegável.
Mas chegou o dia que devíamos filmar, a curra que a Ana sofre , o ataque violento dos bandoleiros de fronteira como eram chamado, havia a cena que a Ana acorda depois do desmaio, e o que vê
os pais mortos a casa em chamas e o irmão enforcado, me lembro de olhar para a cara do ator que
fazia o papel e pensar ( caramba! como ele está bem, que interpretação, parece ate que é de verdade!)
o pior é que era: quando se faz uma cena de enforcamento, se coloca uma especie de cinto, como esses que hoje se usa para escalada ou outro esportes perigosos para segurança, a diferença e que te um gancho atrás nas costas na altura do pescoço por onde se coloca a corda que passa pelo pescoço
para parecer que a pessoa está enforcada, só que, apertaram demais esta parte e o ator estava enforcado de verdade, como estava com as mãos amarradas atrás e a corda em volta do pescoço não lhe permitia falar, quando o diretor gritou corta, e foram tirar o rapaz, estava inconsciente e sem pulso,foi um sufoco reanima lo, quase que o pobre morre de verdade.
Por hoje basta, mas vou contar mais 2 episódios que também aconteceram durante as filmagens de
Ana Terra.

beijos

Rossana Ghessa

sexta-feira, 28 de junho de 2013

MINHAS CHANCES DE IR PARA HOLYWOOD ACABARAM NAQUELA MANHÃ... ou QUELE DO PAJEÚ E O TAPA NA COXA – PARTE 2



Sem responder uma palavra, e furiosa de raiva, me levantei e fui para a porta do restaurante pegar um taxi, a Rany veio atrás e fomos embora juntas, estávamos hospedadas no hotel Jaraguar, um que fica ao lado do jornal Estadão, claro que ela tentou me acalmar dizendo que ele estava bêbado e etc.

Tomei um belo banho e fui dormir acreditando que tinha me livrado do grosseirão, mas quase de manhã acordei com alguém esmurrando a minha porta aos gritos: ”- Niña abre la puerta, quiero hablar contigo: “- assustada liguei para a portaria pedindo por favor que tirassem o louco que queria invadir o meu quarto, foi um escândalo, vieram os seguranças e tentaram de todos os jeitos tira-lo da minha porta, mas não conseguiram, então liguei para o quarto da Rany, que veio correndo, dai ela bateu na porta me chamou e disse que ele só queria se despedir, confiante na proteção da querida Rany abri a porta.

Mr.Levim, todo emocionado, pegou as minhas mãos, beijou e disse: “-Quiero darte un regalo para que te recuerdes de mi” e me deu um par de brincos que tenho ate hoje.

Bem...Ele cumpriu a promessa... e o filme foi distribuído no mundo todo, mas as minhas chances de ir para Hollywood acabaram naquela manhã.



PS: peço desculpas aos Hispânicos, não sei escrever o Espanhol corretamente.



Besos



Rossana Ghessa.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

QUELE DO PAJEÚ E O TAPA NA COXA


Alguém me perguntou como foi a bilheteria de QUELÉ DO PAJEÚ, infelizmente não tenho esta resposta, como também não sei qual foi o acordo dos produtores brasileiros com a Columbia, era muito nova, não me ligava nesse tipo de coisa, só sei que era uma superprodução.

Posso lembrar-me da estreia no cinema Roxi, tinha cordão de isolamento com um tapete vermelho até a porta do cinema, com holofotes, fotógrafos, repórteres e tudo o mais que faz parte de um grande acontecimento, tinha tanta gente na frente do cinema, que me senti realmente como uma estrela, mas uma coisa é certa, o filme foi sucesso no mundo inteiro.

Aconteceu uma coisa, que hoje me parece engraçada, mas na época foi horrível, quando me levaram para São Paulo, para um jantar com o Mr.Levim (acho que era esse o nome) o maioral da Columbia estavam também o Anselmo Duarte, o Tarcísio Meira, e a diretora da Columbia no Brasil Rany Rocha, um amor de pessoa! Durante o jantar, sentaram do meu lado o Sr.Levim e do outro lado o Anselmo, que no final já estava meio alto de tanto beber, o Sr.Levim começou a falar dos planos para o filme, e toda vez que queria enfatizar o que dizia dava um tapa na minha coxa, acontece que ele era muito grande e os tapas começaram a deixar a minha perna vermelha (eu estava usado um mini vestido de antílope bem curtinho e botas) num dado momento o meu sangue italiano falou mais alto, me virei pra ele de dedo em riste e disse:“- Se der mais um tapa na minha coxa eu lhe dou um tapa na sua cara!”. Foi um silencio total..., mas em seguida todos tentaram amenizar a situação, menos o Anselmo, que disse logo: ”- Dá porrada nesse f... da p....que eu ajudo!”

Ato continuo, pedi para ir embora, antes que me levantasse Mr.Levim disse: “-Minha dió tengo la giave del sucesso voi mostra tu cara linda en todo el mundo”.

Rossana Ghessa

quarta-feira, 26 de junho de 2013

EU RECOMENDO


Comecei o meu blog falando de cinema, a sétima arte! Um trabalho que exige uma total entrega da parte do interprete, dependendo da personagem que se está interpretando, requer tamanha entrega que a atriz ( no caso aqui: eu) sofre todas as emoções e dissabores, amores e tudo o mais que a personagem sofre, acabei de saber que o filme BEBEL- Garota propaganda foi reapresentado esta semana com um debate no final, com o diretor MAURICIO CAPOVILLA, claro que a razão se deve a todas estas manifestações que vem acontecendo pelo Brasil, o filme por incrível que pareça aborda exatamente todos esses desmandos e crises politicas e econômicas que sempre existiram.

É maravilhoso ver que finalmente as coisas podem mudar para melhor, para os jovens que ainda não viram o filme, eu recomendo, foi o filme que me deu o Premio de Melhor atriz em Brasília.

Você nunca sabe que resultados virão de sua ação, mas se você não fizer nada, não existirão resultados.



Beijjjjjjjjjos



domingo, 23 de junho de 2013

EU em 68

Falando um pouco mais da minha vida...quero contar:( a propósito de todas essas manifestações que vem acontecendo em todo o Pais) um episódio que aconteceu em 1968, no Festival de Pessaro na Itália, onde me encontrava junto com Mauricio Capovilla diretor do filme "BEBEL a Garota Propaganda", o qual representávamos.
Eu era muito jovem, não entendia nada de política, e muito menos o que cada partido representava, mas... o fato é que, estávamos dentro do cinema assistindo um filme Argentino(La Hora delos-ornos) que tinha seis horas de duração, quando deu três horas, nos liberaram para comer, qual não foi a nosso espanto ao ver que a Piazza dell Popolo e as ruas estavam completamente lotadas de gente protestando, fiquei sabendo que o movimento havia começado na França, e rapidamente se alastrou por toda a Europa, eu não estava entendendo nada, só sei que me levaram de volta para dentro do cinema de onde fui retirada por uma janela do banheiro feminino, no segundo andar, foi uma verdadeira aventura, sendo levada por ruelas escuras para não sermos pegos, porque embora eu fizesse parte da Delegação Brasileira o meu passaporte era Italiano, e se a policia me pegasse o Consulado Brasileiro não poderia me defender, fui mantida trancada no hotel até poder viajar para Roma, em segurança, e de lá para a Sardegna para encontrar a minha família.
Ficou a lembrança daqueles jovens, que como os nossos, saíram a rua lutando por um país melhor, com mais justiça social, sem corrupção,mais saúde, educação,cultura, segurança para ir e vir, direito a moradia digna,e principalmente com bandidos presos sem privilégios e sem salários astronômicos para vereadores deputados etc.
Servir a pátria e um privilegio e uma honra e não o caminho para o ELDORADO.

QUANDO AS PESSOAS VÃO ENTENDER QUE QUEM ESTA NO PODER SÃO ELAS.
 ( pense nisso)

Beijos

Rossana Ghessa

sábado, 22 de junho de 2013

Transformando...

Hoje quero me dirigir a vcs, amigas(os), não para falar de mim ou dos meus filmes, e nem da minha
carreira.

Quero falar de algo muito mais importante, desse momento histórico que estou tento o privilegio
de assistir, da coragem dos jovens marchando pelas ruas de todas a cidades Brasileiras reivindicando os seus direitos, de estudar, de ter saúde, de ter emprego, de ter cultura, e tudo mais que constroem um
ser que possa viver um futuro digno e honrado.

Educação não transforma o mundo, educação transforma pessoas, pessoas transformam o mundo!
PAULO FREIRE . Pensem nisso.
beijos


Rossana Ghessa

segunda-feira, 3 de junho de 2013

NA VARANDA, ONDE BATIA UM VENTO DE CORTAR A CARNE...



Caros amigos (as):
Acabei de ler um livro que ao mesmo tempo em que me deu certo conforto, me deu muito para refletir, o livro conta uma historia verdadeira de um homem de 45 anos, editor chefe da revista ele, casado feliz, e que de repente tem um AVC e se torna prisioneiro do próprio corpo, que não tem nenhum movimento, só podendo mover um dos olhos, e foi o quanto bastou para que conseguisse escrever um livro contando todas as suas dores, emoções ao ver as pessoas amadas a sua volta sem que pudesse falar ou mesmo emitir qualquer som.

O livro me transportou para os meses que passei junto a minha irmã Ersilia na Sardegna em 2012, também sofreu um AVC, estava em estado vegetativo, dependendo dos outros para absolutamente tudo, chorei, me desesperei, chamei na esperança de uma reação que não acontecia...Mas às vezes me olhava demoradamente, enquanto eu lhe fazia carinho nas mãos e nos braço e repetia ( Ersilia.. guardami.. sono io tua piccola stella) era assim que minha irmã Ersilia me chamava quando eu era pequena, e ela uma linda moça cheia de vida e sonhos, era para mim como a segunda mãe, foi ela que numa noite de inverno gelado ficou passeando comigo no colo, na varanda onde batia um vento de cortar a carne, de tão gelado, ate eu adormecer, era o único lugar onde a dor das queimaduras melhoravam, eu tinha caído de cabeça dentro da lareira, queimei as mãos e os braços, mas os remédios não diminuíam a dor, também penteava os meus cabelos e cuidava de mim, me vestia de anjo para sair na procissão de corpos cristo.

Depois de ter lido este livro, quero acreditar que ela me entendia, e que recebeu todo o amor e carinho que lhe dediquei.

Peço desculpas por hoje não estar falando de cinema, mas de amor real, que é o tesouro mais precioso, além da saúde e claro, se me permitem um conselho.... Distribuam amor, não só para os seus familiares, mas na vida, não custa nada é pode mudar o mundo.



Beijos


Rossana Ghessa

sexta-feira, 24 de maio de 2013

DVD PUREZA PROIBIDA

  SINOPSE.

  Lúcia é criada e educada dentro de um convento, pelas próprias freiras que a acolheram ainda bebê.     Cenas de amor, ciume se violencia acontecem depois que ela vai morar num outro convento, perto de uma vila de pescadores e se apaixona por Chico, um negro da Umbanda.”
   1974 - Color - 104 min

   DIRECTOR: Alfredo Sternheim

  CAST: Rossana Ghessa, Monah Delacy, Vanda Matos, Edgar Lopes, Zoísmo Bulbul

  PLOT:

   Lucia is a baby found by nuns, who raise her inside the convent. When she grows up, she moves to a   fishing village and gives up religious life when she falls in love with a black fisherman, who practices the Afro-Brazilian religion called Umbanda.





FILMES ROSSANA GHESSA - ATENÇÃO AMIGOS

Os filmes produzidos pela atriz e produtora Rossana Ghessa são vendidos EXCLUSIVAMENTE pelo Blog http://rossanaghessa.blogspot.com.br/, site http://rossana-ghessa.webnode.pt/ ou e-mail ghessarossana@gmail.com e são entregues com autografo personalizado.

Nenhum outro endereço de internet, que não sejam os próprios de Rossana Ghessa, ou Verona filmes, sua empresa produtora, estão autorizado a vender os filmes abaixo:

ANA TERRA
PANTERA NUA
PUREZA PROIBIDA
MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA
ADAGIO AO SOL
TROPCLIP
JORGE AMADO  - MENINO DA GRAPIUNA

Se algum destes filmes estiver sendo oferecido em qualquer outro endereço de internet evidencia copia PIRATA – DENUNCIE!

Obrigada!


Rossana Ghessa e Equipe

DVD TROPCLIP

SINOPSE:Um filme dinâmico, que acompanha a vida de quatro jovens no Rio de Janeiro, a partir  do momento que eles decidem ir à luta e se encontram casualmente. Krishna (Tânia Nardini) 17 anos, exepcional bailarina, que sonha com o sucesso; Emiliano (Marcos Frota), 19 anos, comunicador de rádio que vem ao Rio em busca de emprego; Luciana (Ticiana Studart), 20 anos, que tenta sua independência, produzindo uma peça teatral, e Chico (Carlos Lofler), 17 anos, um gênio da era moderna que entende tudo sobre computador.Os quatro resolvem que integrando seus talentos, poderão realizar melhor os seus sonhos, e que o grande “barato” seria montar uma produtora de videoclip. Juntos formam a “TROPCLIP”, a fim de participar do concurso nacional de videoclip. A partir daí, começam grandes confusões, situações engraçadas e divertidas e até mesmo as mais desanimadoras. Mas, os nossos heróis são imbatíveis, e com garra e destemor eles decidem que só uma coisa interessa: a vitória da TROPCLIP.

Assista aos espetaculares números de dança, e viva as emoções e o final eletrizante deste musical, cuja trilha sonora é composta de músicas do Barão Vermelho, Kid Abelha, entre outros grupos de rock brasileiro.
1985 - Color - 98 min
DIRECTOR: Luiz Fernando Goulart
CAST: Marcos Frota, Tânia Nardini, Ticiana Studart, Carlos Loffler
PLOT: Enterprising youths live many adventures when they decide to start a business specializing in making video clips for rock groups.



FILMES ROSSANA GHESSA - ATENÇAO AMIGOS

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ANA TERRA
PANTERA NUA
PUREZA PROIBIDA
MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA
ADAGIO AO SOL
TROPCLIP
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Rossana Ghessa e Equipe

DVD A PANTERA NUA



 SINOPSE:O filme conta a história de Norma, uma bela jovem de que tenta disfarçar sua condição de classe média baixa, andando com pessoas da alta sociedade, com o intuito de realizar um casamento proveitoso.A ascensão de Norma começa quando ela tira algumas fotos nua para publicar numa revista masculina. O pai dela fica conhecendo as fotos através dos seus amigos de trabalho que tentam salva-lo de seu próprio acesso de fúria. Em casa, o conflito se estabelece. Finalmente Norma acha uma saída para seus problemas e começa uma trama envolvendo homossexualismo, dinheiro paixão.


1979 - Color - 87 min

DIRECTOR: : Luiz de Miranda Corrêa
CAST:    Rossana Ghessa, Roberto Pirillo, Neuza AmaralPLOT: Norma (Rossana Guessa) is a low middle class young woman trying to find a rich husband to have a comfortable life. She poses naked for a men magazine expecting to be known in the upper class. She engages the gay Marcelinho, who is imposed by his father to get married to have the right to his inheritance, but when Marcelinho's father dies, he calls their deal off. Meanwhile, Norma meets the opportunist and gigolo Lincoln (Roberto Pirillo), who pretends to be a tycoon farmer, and they have a torrid affair. But Lincoln believes she is a rich woman from a wealthy family and he intends to marry her to have money.



FILMES ROSSANA GHESSA - ATENÇAO AMIGOS

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ANA TERRA
PANTERA NUA
PUREZA PROIBIDA
MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA
ADAGIO AO SOL
TROPCLIP
JORGE AMADO  - MENINO DA GRAPIUNA

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Rossana Ghessa e Equipe

Dvd JORJE AMADO – MENINO DA GRAPIUNA

  SINOPSE:

 Documentário sobre a vida e obra do grande escritor Jorge Amado,com participação do   próprio Jorge Amado de Rossana Ghessa e de grandes nomes da cultura brasileira como
 Oscar Niemayer, Carlos Scliar e Raquel de Queiroz.

 2006 - Color - 47 min. - Documentary


DIRECTOR: Rui Santos e Durval Garcia

CAST:

Jorge Amado, Rossana Ghessa,Mauro Mendonça, Bette Faria, Oscar Niemayer, Carlos Scliar e Raquel de Queiroz


   PLOT:

   Documentary about life and works of the great writter Jorge Amado, with  participation of himself and some other great names of Brazilian Culture.



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PUREZA PROIBIDA
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DVD MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


SINOPSE: Uma professora de cidade pequena leva uma vida aparentemente normal, incluindo um namorado de muito tempo. Mas, secretamente, ela tem vários romances homosexuais, até que as mulheres com quem se envolve começam a ser brutalmente assassinadas.

1979 - Color - 80 min.

DIRECTOR:  Adnor Pitorgar

CAST: Rossana Guessa e Antony Steffen

PLOT: A small-town school teacher leads an apparently normal life, including a longtime boyfriend. But she secretly has several lesbian affairs until the women in her life start being brutally murdered.


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DVD Adagio ao Sol



SINOPSE:


Tendo como pano de fundo a Revolução Paulista (1932), o filme mostra a decadência financeira de um fazendeiro no auge da crise do café. Paralelamente aos acontecimentos políticos e econômicos, ele vê também sua família se desmoronando com a chegada de um sobrinho que além de modificar a rotina da casa, despertará a paixão de sua esposa.


2003 - Color - 105 min. - Drama
 DIRECTOR: Xavier de Oliveira

CAST: Rossana Ghessa, Claudio Marzo, Edwin Luisa.

      PLOT:
A mild-mannered woman is long married to a coffee Baron, who is going through a severe Economic crisis caused by the American depression. She falls in love with her handsome young cousin who moves in with them to attend a nearby University.






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DVD Ana Terra


SINOPSE: Os Terra dedicam sua vida ao trabalho duro e à defesa do Rancho, que de tempos em tempos é atacado por bandoleiros sedentos de sangue, dinheiro e mulheres.
Ana Terra, única moça solteira naquelas paragens desertas, se ressente da solidão em que vive, e teme os constantes assaltos. Os únicos homens com quem Ana se comunica são os irmãos, Antonio e Horácio, e o pai, Manoel, até o dia em que um corpo desfalece quase em seus braços. O ferido, que traz uma bala no peito, é tratado pela família. Logo se recupera e conta sua história. Chama-se Pedro Missionário, e é soldado. Pedro mostra-se útil, tem habilidades que os outros desconhecem, e vai ficando. Um dia enfrenta combate mortal para salvar a vida dos Terra, e ganha-lhes a confiança. Ana sente-se atraída pelas maneiras dele. Baseado na obra do grande escritor gaúcho Érico Veríssimo


1972 Color - 109 min. - Drama

DIRECTOR: Durval Garcia
CAST: Rossana Ghessa, Geraldo Del Rei, Antonio Fagundes
PLOT:A Family of "Gauchos" - Rio Grande do Sul natural born people, suffered repeated attacks from thieves. After saving the life of a semi-indian man, they decide to shelter him in their own family. But he falls in love with Ana Terra, the patriarch's daughter, giving rise to tragic situations. An adaptation of a Brazilian classic novel by Erico Verissimo showing the love between the young, proud and beautiful farmer woman called "Ana Terra" (Ghessa) and an Indian called "Pedro" (Del Rey).




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