terça-feira, 14 de outubro de 2014

ROSSANA GHESSA - UMA MULHER MADURA E FELIZ


ROSSANA COM OS NETOS


VITÓRIO GHESSA - NETO DE ROSSANA


ROSSANA CHESSA NA ESTREIA DO FILME ZEQUINHA DE ABREU


ROSSANA SEMPRE LINDA!!


Rossana Ghessa indo para S.R.do Passa Quatro


Rossana Ghessa e Leonardo Arena na estreia do filme no Cine Mario Covas


MOSSY GHESSA


Leonardo Arena com Rossana Ghessa e Ricardo Moda na estreia em S.R. Cine Mario Covas


E S T R E I A ( ZEQUINHA DE ABREU)


E impossível não  ficar  ansiosa  na véspera  de uma  estreia,  ainda  mais  quando  se  ficou  um  longo  tempo  afastada.
Graças  a  confiança  do  meu  amigo  e  par romantico  em  tantos  filmes CARLO MOSSY,  vejo-me  de  volta  ao  sete  de  uma  filmagem,  e  me  dou  conta  que   este   realmente   e   o   meu   lugar.
Pergunto-me como consegui viver  longe  das  telas por tanto  tempo!  E chego a conclusão  que  não  estava  vivendo  de  verdade ,  estava  sim  encantada  com  as  coisas  do  dia  a dia  de  uma  dona  de  casa ,  com  marido  inteligente,  gentil, carinhoso,  e que  eu  amo  muito,  com  um  filho  lindo  que  me  encanta  a  cada  conquista,  o  nascimento  do  meu  primeiro  neto,  lindo, de  três  anos , o  nascimento  do  segundo ,  que  nasceu  prematuro  precisando  de  muitos  cuidado  e  atenção,  mas  que  agora  com  cinco  meses   esta  forte  e  saudável  graças  a  Deus,    coisas  que  pra  mim  fazem  parte  de  um  novo  aprendizado,  um  turbilhão  de  emoções.
Analisando tudo  isso,  me  dei  conta  que  tudo  tinha  caído  numa  rotina  e  eu  estava  como  que  presa  nessa  bolha  encantada,  ai  vem  o  MOSSY  e  me  convida  para  encarnar  a  DURVALINA  mulher  de  um  grande  compositor, que  mesmo  tendo  nascido  numa  pequena  cidade  no  interior  de  São  Paulo ,  atravessou  fronteiras  e  se lançou  no  mundo  sendo  hoje  o  mais  tocado (depois de Vila Lobos) no mundo  inteiro. ZEQUINHA DE ABREU, compositor, maestro, arranjador, e um brilhante  interprete,  tocando quase todos os instrumentos, emfim  um  gênio  da  musica  popular  brasileira, pouco valorizado  em  seu  pais.
Aceitei  de  imediato,  sem  nenhuma  duvida ,  mergulhei  nesse  trabalho  com todas  as  minhas  forças,  confiante  que  poderia  interpretar  novamente,  me  entregar  a  uma  nova  personagem  com  generosidade  e  principalmente  com toda  a  minha  energia   a  tanto  tempo  canalizada  para  outra  coisa,  não  que  essa  outra  vida  seja  menos  importante,  afinal  e  o  meu  porto  seguro, onde  sempre  serei  recebida  pela  minha  família  maravilhosa que  eu  amo  tanto  e  principalmente  pelo  meu  marido,  meu  companheiro  e  cumplice  de  tantos  anos  de  braços  abertos  cheios  de  amor  e  carinho,  a  quem  posso  contar  e  confidenciar  qualquer  coisa,  e  que  sempre  me  deu  a  liberdade  de  quebrar  a  cabeça  quantas  vezes   me  aventurar  em  uma  nova  jornada  errada, decepcionante   que  estará  sempre  pronto  a  fazer  os  curativos  e  remendos  necessários  para  curar  as  minhas  feridas.   Mas para viver feliz  eu  Rossana  Ghessa   preciso   dos  dois,
Depois de  todas  essa  reflexões ,  desperto  chegando  a  Viracopos,  eu ,  LEONARDO  ARENA (ZEQUINHA DE ABREU)   E Vitoria Regia Matos  mãe  de  Leonardo  que  nos  acompanha,  o  carro  da  prefeitura  de  Santa  Rita  do  Passa  Quatro  está  a  nossa  espera  com  o  simpático  João  no  volante  vamos  tomar  um  café  enquanto  esperamos   a  chegada  de  KATHIA D’ANGELO  e LUCIA  ALVES  e  ENOLY LARA  que  vieram   em  outro  voou.
Todos acomodados  no  carro  vamos  rumo  a  uma  noite  de  gala  promovida  pela  Prefeitura  de  Santa  Rita  dentro  das  festividades  que  acontece  todo  ano,  SEMANA  ZEQUINHA  DE ABREU,  este  ano  a  atração  principal   dessa  grande  festa   e   o  filme   SÓ  PELO AMOR  VALE  A  VIDA.
No caminho  a  percorrer  140 km,  paramos  num  simpático  restaurante  a  beira  da  estrada  de  nome  Graal,  comida  maravilhosa  um  lugar  simpático  limpo  e  com  um  lindo  carro  dos  anos  50  enfeitando  a  entrada,  onde  todos  nós  tiramos  fotos.
Finalmente  chegamos  em  Santa Rita  onde  fomos  recebidas  pela  produtora  Mirella  Spadon ,  pessoa   linda  sempre  sorridente  e  espirituosa   além  de  muito  eficiente,  ficamos  sabendo  que  a  cidade  estava  completamente  lotada  de  convidados  para  as  festividade, então  fomos  hospedadas  pela  ED MOREUY , esposa  do  ator MAURICIO  MOREUY,  que  veio  filmar  aqui  o  primeiro  faroeste  brasileiro   ( da  terra  nasce  o  ódio ) se  apaixonou  casou   e  aqui  morreu  junto  de  sua  amada.
Fazenda  maravilhosa  que  ED administra  sozinha , fomos  acomodadas  cada  uma  em  uma  suíte  confortável    com   uma  vista  linda,   as  quatro  reunidas  estouramos  um  espumante  que  estava  a  nossa  espera, brindamos  ao  sucesso  do  filme  e  da  vida,   e  demos  muitas  gargalhadas, a  noite  o  carro  veio  nos  pegar  para  nos  levar  para  jantar  no  RESTAURANTE IZAKAYA  DINNING  BAR   do simpático  e  generoso  MAKOTO  NISHIOKA  também   um  colaborador   para  que  esta  obra  pudesse  ser  realizada.
Sexta  feira,  finalmente  a  noite  mais  esperada    por  toda  a  cidade,  todos  prontos  e  apreensivos,  a  grande  prova  de  fogo ,  o julgamento  de  toda  uma  cidade e a maioria  colaboradores,  alguns  ate  com  dinheiro,  chegamos  no  imponente  cine teatro  MARIO  COVAS,  que  já  estava  lotado  com  as  autoridades  todas  presentes,  também  a  neta  de  ZEQUINHA  DE  ABREU ,   Sr. Leila de Abreu,  um  amor,  uma  senhorinha  muito  meiga,  que  me  lembrou  a  minha  personagem   DURVALINA   que  deve  ter  sido  assim,  meiga,   digna  e  forte,  exatamente   como  a  construí .
Inicio  da  cerimonia ,  o  CARLO  MOSSY  diretor  e  produtor  se  dirige   ao  palco  e  faz  um  discurso ,  chama  o  prefeito  para   apresentar   o  filme  e  dar  inicio  a  exibição,  silêncio  absoluto  na  plateia,  com  o  coração  na  boca  vejo  desfilar  diante  dos  meus  olhos  as  imagens  de  uma  pessoa  na  tela  que  não  se  parece  comigo,  olho  como  se  fosse  outra  criatura,  uma  mulher  madura,  que  canta,  fala,  mas  não  e  mais  a  atriz  Rossana  Ghessa  de  que  eu  me  lembrava,  esta  atriz  que  eu  vejo  é  consciente  do  seu  potencial   de  interpretar  uma  DURVALINA  meiga,  feliz,  apaixonada  pelo  ZEQUINHA  e  despojada  de  vaidade,  a  sua  beleza  vem  do  seu  interior,  do  amor  imenso   que  tem  pelo  marido e  filhos   e  da  sua  generosidade,   força  e  abdicação na  luta  do  dia  a dia,  para  a  felicidade  de  todo,  fico  feliz  de  ver  que  dei  conta  da  minha  tarefa  como  interprete.

Termina  a  exibição  e  para  minha  surpresa  o  publico  se  levanta  e  por  quase  dois  minutos  aplaude  e  grita  bravo,  me  emociono  ate  as  lagrimas  que  trato  de  secar  rapidamente  antes  que  alguém  se  de  conta  do  vexame ,  afinal  são  61  filmes  de  experiência  e  eu  estava  me  comportando  como  uma  estreante,  ganhamos  presentes  do  comercio  local  e  lindas  flores,  que  a  DURVALINA   pediu  licença  para  oferta-las  a  minha   a  neta ,  no  momento  que  ela   recebeu   as   flores   disse    no   meu   ouvido  ( você  está  linda  vovó ) e  ambas  caímos  numa  gostosa  gargalhada.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

F E S T I V A I S


Hoje  vou  dar  uma  folga  as  historias  dos   filmes  e  falar  um  pouco   dos   festivais  maravilhosos    de   que   participei   representando  o   Brasil  em  vários   lugares  do  mundo.
Eu  sei  que  já  falei  de  alguns,  mas  como  não  pretendo  seguir  uma  ordem  de  datas, vou  começar   pela  Semana  do  Cinema  Brasileiro  em  Napoli,  na  Itália,  minha  terra   natal.
Quando   fui    convidada,   ANA TERRA    estava    no  auge   de  sua  carreira   comercial,   tinha  estreado    em   Porto   Alegre   com   grandes   filas,    então   claro   que   ele   era   um   dos  filmes  convidados,  os  outros  eram  Lucíola  e  Pureza Proibida,   a  mostra  tinha  a  duração  de  uma  semana ,  e  três   dias  eram  meus,  nos  outros  dias  restantes,  passou  um  filme  de  Gerson  Tavares,   diretor  muito  talentoso ,  meu  amigo  presente  no  evento,  também  foram  convidados  os  sambistas  da  Escola  de  Samba  da  Mangueira  com  a  presença  marcante  do  Jamelão.
Acabei  sendo  a  atração  principal  do  acontecimento,  motivo  pelo  qual  fui   muito  assediada   por  jornalistas ,   fotógrafos  e  agentes ,  um  deles  que  queria  me  contratar  a  qualquer  custo,   chegou   a  inventar   uma  historia  absurda  “ queria  que  eu  confirmasse  numa  entrevista  coletiva  que  eu  tinha  sido  a  namorada  do  filho  do  Onassis*   que  tinha  acabado  de  morrer   em  um  acidente  aéreo “  é  claro  que  a  coisa  era  tão  bizarra   que  fiquei  chocada  de  ver  a  que  ponto  um  agente  mente  para  promover  na  mídia  a  sua  contratada, mas  como  eu  não  tinha  assinado  nada,   quando  perguntada  ,  respondi  que  nem  sequer  conhecia   o  pobre  morto,  o  tal  do  agente  decepcionado  me  disse  depois  que  no  mundo  das  estrelas  tinha  que se  inventar  historias  para  chamar  a  atenção  da  mídia  e  mantê-la   interessada   o  maior  tempo  possível.
Foi  quando  entendi  que  a  maior  parte  das  coisas  que  são  publicadas  a  respeito  de  estrelas  internacionais  é  pura  invenção.
Na  abertura  passou  Lucíola   e  depois  teve  uma  linda recepção  com  a  apresentação  do  Jamelão  e  as  passistas  da  Mangueira   dançando  samba  com  aqueles  biquínis  lindos  coloridos, e  as  mulatas  lindas  com corpos  esculturais  que  deixaram  a  plateia  completamente  enlouquecida,  os  napolitanos  ficaram  loucos  com  a  voz  poderosa  do  Jamelão   a  batida  do  samba  e  o  rebolado  das  sambistas.
Eu  estava  hospedada  num  hotel  em  uma  avenida  a  beira  mar,  a  festa  acabou  tarde  e  me  deixaram  no  hotel  as três  horas da  madrugada,  estava  cansada  e  tratei  de  me  arrumar  para  cair  na  cama,  quando  de  repente  no  silencio  da  noite  uma  voz  linda  se  ouvia  a  distancia,  mas  foi  se  aproximando  cada  vez  mais,  não  resisti  a  curiosidade  e  abri  a  porta  da  varanda , quando  sai  me  deparei  com  um  luar  deslumbrante  refletido  no  mar,  era  de  uma  beleza  incomparável,  olhei  para  a  rua  e  lá  estava  o  cantor,  sozinho  caminhando  e  cantando  a  plenos  pulmões , parecia  cena  de  filme, eu  fiquei  emocionada  até  as  lagrimas,   conheço  a  musica  que  ele  cantava ,  e  triste  porque  fala  de  amor  e  solidão,  nas  noites  seguintes  fique  esperando  o  cantor  misterioso  mas  não  voltou  mais.
Finalmente  chegou  o  dia  do  encerramento,  o   mestre  de  cerimonias  começou  falando  que  o  Brasil   tinha  dado   pra  ele  a  Florinda  Bolkan  mas  a  Itália  tinha  dado  ao  Brasil   a  Rossana  Ghessa,  e  ai   fui  chamada  para   subir  no  palco,  quando  me  levantei  comecei  a  andar ,  a  minha caminhada  até  a  escada  a  orquestra  tocou   o  Hino  Brasileiro,  e  quando  comecei  a  subir  a  escada  começaram  a  tocar  o  Hino  Italiano ,  eu  fiquei  de  tal  forma  emocionada,  que  as  lagrimas  que  tentava  segurar  em  vão ,  formavam  uma  cortina  de  agua  diante  dos  meu  olhos,  e  quando  convidada  a  falar  não consegui  mal e  porcamente  emitir  um  som,  que  aos  meus  ouvidos   pareceu  um  (molte  grazie)**.   Fui   homenageada  com  o  Premio  da  Crítica  Cinematográfica,  e  o  Premio  da  Imprensa  Italiana,  voltai  para  o  Brasil  com  uma  enorme  taça  que  por  não  caber  na  mala  tive  que  trazer  nos  braços,  pagando  o  maior  mico. 

Observações:
*Alexander S. Onassis - filho do magnata grego Aristóteles Sócrates Onassis e de sua primeira esposa, Athina "Tina" Livanos, irmão de  Christina Onassis, morreu em 1973 num acidente aéreo no aeroporto de Atenas, aos vinte e quatro anos.


** molte grazie – muito obrigado em italiano

terça-feira, 26 de agosto de 2014

FOTO 3 PLAYBOY


FOTO 2 PLAYBOY


FOTO 1 PLAYBOY


P A Y B O Y

P A Y B O Y
Quando  fui  convidada  pela revista  playboy  para  posar  despida, fiquei  na   duvida   se  devia  aceitar,  não pela  nudez  do ensaio,  mesmo porque  a  minha  nudez  já  tinha  sido  mostrada  em  vários  filmes, mas  porque  meu  filho  era  pequeno,  não demoraria  a estar  frequentando  o primeiro  ano  e eu  sei  que  as  crianças  costumam  ser  muito  cruéis.
Fernando de Barro,  diretor  que  me  tinha  dirigido em LUA DE MEL E AMENDOIM   era  que  iria  dirigir  o  ensaio, conversamos  muito,  me  garantiu  que  não  mostraria  mais  do  que  já  tinha  sido  mostrado  nas  telas  dos  cinemas,  que  tinha  muitas  formas  de se  mostrar  um  belo  corpo  nu,  tanto  que  quase  todos  os  pintores através  dos  tempos  sempre  retrataram  e  continuarão  a  pintar  lindas  mulheres  nuas, porque  um  nu  e  uma  das  mais  belas  obras  de  arte  que  a  natureza  produziu  e  a  mão  do  homem  continua  a  reproduzir  ate  hoje,  seja em   telas,  em  fotos  ,  em  cenas  eróticas  no  cinema, no  teatro  e  ate  na  TV.  A  verdade  e  que,  quando  Deus  resolveu  criar  o  homem  e  a  mulher  ele  devia  estar  muito  inspirado.

Espero  que  as  minhas  fotos  possam  ser  apreciadas  como  obras  de  arte,  porque  elas  retratam  além  de  mim  todo  o  trabalho  de  uma  equipe  que  se  uniu  para  fazer  um  trabalho  maravilhoso ,  só  me  resta  agradecer  a  esses  profissionais  que  contribuíram   pra  melhorar  o  que  a  natureza  me  deu  e  meu  muito  obrigada   em  memoria  ao  FERNANDO  DE  BARROS.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ROSSANA GHESSA E ANTONY STEFFEM


ROSSANA GHESSA E FATIMA LEITE


ROSSANA GHESSA E ELENA ANDREA


FATIMA LEITE EM MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


ELENCO E EQUIPE - MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA - Argumentei que eu não queria nada que não estivesse no roteiro, ou ele estaria demitido.


Em outra  ocasião, ANTONY STEFFEM  perturbou tanto  o  diretor “ ADNOR PITANGA”  que quase o  levou a loucura,  a  historia  era  de  suspense, em  que  varias  alunas  da  professora  Lucia (minha personagem) apareciam  mortas  inexplicavelmente, e  a  policia  estava  tendo  dificuldades  para  esclarecer  os  assassinato,  visto  que  era  uma  cidadezinha  interiorana  e  pacata  onde nada acontecia,  a  única  criatura  estranha  na  cidade  era  o  personagem  dele,  mas  por  se  tratar  do  homem  mais rico  da  cidade  mesmo sendo  excêntrico  e esquisito  o mantinham fora de suspeita.
Mas sendo ele uma estrela internacional, certamente se achou no direito de ditar as regras e então fazendo a cabeça do diretor tentava mudar o roteiro ao seu favor, tinha uma cena noturna que a professora depois de encontrar mais  uma de suas alunas  morta  em  sua banheira, apavorada tenta ligar para a policia  mas não da tempo porque percebe  que o assassino ainda se encontra  em  seu  quarto, reconhecendo o noivo,  sai correndo e consegue sair tendo que atravessar o jardim, num dado momento para em baixo de uma arvore tentando se esconder, mas percebe que tem que continuar a correr para salvar a própria vida.
Está seria a cena a ser rodada, mas ai o diretor vira pra mim e diz:  Rossana  quando você parar em baixo da arvore um braço inerte vai bater na tua cabeça e vai  escorrer  sangue  sujando o teu ombro e braço. Como assim? Perguntei... - É que em cima da arvore tem mais um corpo de outra  morta... - Mas isto não está no roteiro, e não tem porque esta garota ter sido morta  pelo psicopata, se nem aluna da professora era,  ele só mata as meninas de ciúmes da noiva.
A justificativa que ambos tentaram me convencer foi que no filme (A ERA DO FOGO) tinha uma cena onde tinham corpos pendurados nas arvores e dava um efeito legal. Para convencer o Adnor (diretor do filme), que não podia fazer isso foi uma briga desgastante e cansativa. Argumentei que eu não queria nada que não estivesse no roteiro, ou ele estaria demitido.
Em outra ocasião foi o maquiador que veio fazer queixa da “baronesa”... - Mas quem é a baronesa? - É o Antony, respondeu o maquiador. - Eu acabo a maquiagem e ele vai escondido no banheiro e passa lápis preto nos olhos e rímel, fui chamar atenção e me deu uma tremenda de uma bronca, querendo me convencer que eu estava enganado, que era tudo natural, vai comprometer a minha maquiagem e ridicularizar o personagem.
Tive que fazer um verdadeiro trabalho diplomático para não ofender a dignidade do ator e convence-lo a suavizar a maquiagem, pois realmente estava exagerada fora de contexto.
Este relato é mais para tentar ilustrar que não adianta ser estrela internacional ou nacional se não se respeita os colegas de profissão, numa filmagem e necessário uma equipe, e esta equipe tem que trabalhar em harmonia um respeitando o outro e se ajudando quando possível, e não sabotando o outro, é muito cansativo atuar e produzir ao mesmo tempo, só com muito amor a arte, isto sempre tive e tenho de sobra, e mais uma vez consegui terminar um filme, que depois de pronto e como um filho que nasce.

Quero terminar este meu relato homenageando ANTONY STEFFEN que apesar dos seus medos e esquisitices foi perfeito para o seu personagem, em memoria o meu muito obrigada.

terça-feira, 22 de julho de 2014

CARTAZ DO FILME MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA (Rinaldo Genes e Elena Andreia)


ANTONY STEFFEN E ROSSANA GHESSA


ROSSANA EM MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


RINALDO GENES EM MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


ROSSANA GHESSA NO FILME MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


DJANGO EM MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA


O  segundo  filme  que  produzi  e  também  protagonizei  foi  momentos  de  “MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA”,  como   já   disse  em   postagens   anteriores,  não  havia  investidores  das Leis  de  Audiovisual  e  nem  Lei Rouanet ,  só contávamos  com   acordos  feitos  com  os  exibidores  e  a  distribuidora.  Funcionava  assim:  o  produtor  com  o  roteiro  pronto  e  elenco  comprometido,  procurava  primeiro  o  exibidor, porque esse  além de  ser  o  dono  dos  cinemas,  quase  sempre  era  também  o  distribuidor,  com  base  na  historia,  elenco  e  diretor, era  assinado  o  contrato  onde  a  distribuidora  junto  com  o  exibidor  se  comprometiam  com toda  a  parte  de  comercialização,  o  produtor  tinha  que  rodar  o filme  e  entregar  a  primeira  cópia ,  mas  o  distribuidor  e  o  exibidor  davam  um  adiantamento  em  dinheiro  para  ser  descontado  da  renda  de  bilheteria,  com este  dinheiro  se fazia  o filme  se  pagava  todo  mundo e  os  filmes  eram  sempre  grandes  sucessos  de  bilheteria.

MOMENTOS DE PRAZER E AGONIA  -  foi  todo  rodado  em  Rio  Bonito,  interior  do  Estado  do  Rio,  num  belo  Hotel  Fazenda, A historia  foi  baseada  num  conto  de  GUY  DE MAUPASSANT , "O Assassinato  da Pequena  Rose", com criação livre e roteiro  do  Adnor  Pitanga,  que  também  dirigiu o filme. No  elenco  estavam eu,  Marcos  Wasberg,  Rinaldo  Genes, Fatima Leite e para  ser  meu  partner,  meu  diretor  de  produção  sugeriu  o  ator  italiano  Antony  Steffém,  com a  alegação  que  seria  ótimo  para  o  filme  ter  no  elenco  um  ator  internacional, pois ele  tinha  feito  o  Django  e  não encareceria  a  produção  porque  estava  no  Brasil,  louco  pra  fazer  alguma  coisa,  então  concordei.

Tudo pronto  partimos  para a  locação,  fomos  numa  caravana .Chegamos  na  fazenda no  inicio  da  noite,  onde  os  proprietários  em  pessoa  nos  aguardavam    com  um  delicioso  jantar , um casal  muito simpático, o lugar  era  lindo,  com  uma  vegetação  exuberante  e  um  rio  que  passava  bem  embaixo  da  varanda  da  minha  suíte  com um  barulhinho  delicioso,  um  verdadeiro  paraíso,  pena   que  não  duraria  muito.

O  primeiros  dias  de   filmagem   transcorreram  dentro  do  normal,  as  confusões  começaram  no  dia  que  tinha  uma  cena  a  cavalo,  toda  a  equipe  e  os  atores  já  estavam  no  set  de  filmagem,  só  faltava  o  Antony,   vi  que  o  motorista   vinha  andando  no  meio  do  campo  gesticulando ,  mas  não  dava  para  ouvir  o  que  dizia,  quando  finalmente  chegou  perto  e  perguntamos   onde  estava  o  Antony,  nos  informou;  que  estava    na  porteira   que  dava  passagem   para  atravessar  o  pasto  e chegaria  ate  onde  estávamos,  perguntamos  porque  não  tinha  vindo  junto, o motorista   morrendo  de rir, respondeu  que  ele  tinha  medo  de  vacas,   e  o  pasto  estava  cheio  delas  por  toda  parte.

Precisou   que   o   diretor  de  produção  fosse  busca-lo  ou ele  não  viria  para  o  local  de  filmagem,  mas  se  pensaram  que  o  pavor  de  animais  parou  ai.... se   enganaram,  logo depois  tínhamos  uma  cena  em  que  o casal  saia  romanticamente  para  um  passeio  a  cavalo,  mas  não  teve  Cristo   que  o  fizesse  montar  no  cavalo,  tamanho era  o  seu  pavor  que  não  conseguia  nem  chegar  a  uma  distancia  que  pudesse   ser  considerada  perigosa.

Sem  saber  o  que  fazer ,  o  diretor  o  chamou  de  lado, e  com  muito  jeitinho  lhe  perguntou  se  poderia  fazer  a  cena  puxando  o  animal  pelas  rédeas,  mas  o  nosso  Django nada  tinha  a  ver  com  o  herói  destemido  dos  filmes  de western  que  fez  durante  muito  tempo , enganando   um  bocado  de  gente,  porque  quem  fazia  todas  as  cenas  perigosas  era  um  doublé.

Mas quem  dera esta  tivesse  sido   a  única  complicação  do  nosso  amigo. ..Em  uma  outra  cena ,  a  pobre  da  continuísta  levou   a  camisa  certa  da  cena, e  grosseiramente  e  com  cara  de  deboche respondeu  que  o  publico  não  reparava  nessas  coisas,  a  essas  alturas  do  campeonato  eu  já  estava  bastante  irritada,  e  cansada  de  ver  que  de  uma  forma  ou de  outra   sorrateiramente, ele estava usando  do  seu status  de  estrela  internacional,  para  com isso  fazer  o  que  ele  queria, me  levantei  e  disse :   "- Ou  o  Steffem  segue  as  orientações  da  continuísta, ou  então  é  melhor   darmos  um  tempo e  todos  nos  fazermos  um  estagio   na  mesma  escola  de  cinema  que ele  cursou",  acho  que  se  tocou  porque  sem  dizer  uma  palavra  trocou  a  camisa  e  felizmente  pudemos  cumprir  o  cronograma  do  dia.

                                                                                                                                                 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

NAS TERRAS DO XÁ...PUREZA PROIBIDA



Voltando  a  Teerã,  a  delegação  brasileira  foi  hospedada  no  Hotel  Hilton, da  sacada  do  meu  quarto  dava  pra  ver  uma  montanha  toda  coberta  de  neve, mas o estranho  e  que  não  sentia  frio,  isso  se  devia  ao  clima  muito  seco, era  recomendado  beber  muita  agua , pendurei  as  roupas  e  separei  a  que  iria  usar  de  noite  para  o  jantar,   estava  toda  amassada,  então  chamei  a  camareira  para  passar  a  minha  roupa,
Alguém  bateu  a  porta  e  era  a  própria, dei-lhe  o  vestido  recomendando  que  tomasse  cuidado  porque  o  tecido  era  delicado e  poderia  queimar,  ela  me  olhou  com  uma  carinha  sorridente  inclinou-se  como que  fazendo  uma  reverencia  e  respondeu-me : Bale-bale,  não entendi  e  respondi,  não  quero  que  baile  quero   que  passe  a  minha  roupa,  e  ela  insistia  no  bale-bale......demorei  para  entender   que  bale  queria  dizer  sim.
O jantar  a  que  me  referi   ainda  não  era  a  abertura  oficial  do  Festival,  que  seria  no  dia  seguinte,  com autoridades,  sociedade, estudantes   de  Universidades  e  etc.,  nessa  época  com  o Xá Reza Parlev   Teerã   era  uma  cidade  moderna  e  prospera,  com  uma  vida  cultural  bastante  ativa,  e  uma  juventude  universitária  moderna  e  bem  vestida  como qualquer  grande  cidade  do mundo.
No dia seguinte nos  levaram  para  o  Palácio  do  Festival , para  que  pudéssemos  arrumar  a  apresentação  dos  filme,  colocando  cartazes  e  fotos  dos  mesmos  em  exposição,  logo  que  entrei  vi  uma  parede  toda  branca,  bem  apropriada  para  que  eu  expusesse  o  material  de PUREZA  PROIBIDA,  mas  precisava  de  ajuda,  então  vi  o  Sr. ZIGMUD  SULISTROSK,  que se ofereceu de imediato   a  sua  ajuda,  mas  sendo  a parede  muito  alta  era  preciso  uma  escada  para  que  a estética  da  exposição  não  ficasse  comprometida,  como  ele  era  gordo   achei  arriscado  deixar  que  subisse  na  escada, decidi  eu  mesma  subir .
Eu estava  me  preparando   para  colar  na  parede  o  cartaz  de  PUREZA  PROIBIDA ,   mas  a  escada  não  era   cumprida  o  bastante  para  atingir  o  lugar  exato  que  eu  pretendia. Estava  eu  toda  esticada ,  na  ponta  dos  pés  quando  ouvi  uma  voz:   “ You   need  help?” , olhei  para   baixo  e  tinha  um  belo  rapaz  elegantemente  vestido  olhando  a  minha  bunda  e  pernas  e  me  oferecendo   ajuda, ( não sei  se  foi  por  entender  que  eu  corria  o risco  de  cair  da  escada,  ou  pela  visão  que  ele  tinha  embaixo  da  escada?)   em  todo  caso  já  que  alguém  se  oferecia  pra  me  ajudar ...  Decidi  que  era  melhor  aceitar,  além  do  mais  ele  era  bem  mais  forte  e  alto  do  que  eu.
Cartaz  e  fotos  no  lugar!    Apreciamos  o  trabalho  concluído  juntos  eu  agradeci  e  naturalmente  ele  se  apresentou: Mtr. Jhon Regabí,  o  Sulistrovsk   que  não  se  afastou  um  só  minuto, foi  a  minha  salvação,  sim... o meu  inglês  e  sofrível  acho   mesmo  que  ninguém  entende  de tão  ruím  e  claro  que  meu  amigo  Zigmud  teve  que  servir  de  tradutor,  eu  já  estava  virando de  costas  para  me  afastar  mas  me  chamaram  de  volta,  o Mtr. Jhon , acabava  de  nos  convidar  para  almoçar  fora  do  palácio  do  festival,  sugerindo  nos  mostrar  um  pouco  da  cidade,  que  alias  achei  encantadora,  moderna,  limpíssima  sem  mendigos   na  rua ,  moças  jovens  bonitas  com  roupas  modernas   não  fazendo  nenhuma  diferença  com as  outras  capitais  do mundo  que  eu  conhecia,  claro  que  avia  também  aquelas  tradicionais  com  suas  burkas,  mas  principalmente  uma  juventude   de  universitários   alegres  e  participativos .
O  resto  dos  dias  que  passei  em  Teerã   o  Sr. Regabí  não  me  largou  mais  se  oferecendo  pra  me  levar  em  seu  mercedes  para  todos  os  lugares  e  compromissos  que  eu  tinha  que  comparecer, passou  praticamente  a  me  servir  de  chofer,  disse-me  o  Sigmund  que  ele  era  o  maior  dono  de  cinemas  e  distribuidor  de  filmes  do  Iram,  mas  cinceramente  isso  pra  mim  nunca  fez  qualquer  diferença,   o  que  sempre  apreciei  numa  pessoa   e  valorizo  sempre  e  a  lisura  de  caráter,  o  resto  e  só  dinheiro,  não  e  e  jamais  será  garantia  de  felicidade,....mas  filosofias  a  parte,  afora  tudo  ele  era  uma  pessoa  agradável  e  delicado  além  de  uma  companhia  alegre  e  divertido,  embora  a  nossa  comunicação complicada  nos entendíamos.
O  Xá   dava  duas  recepções  no  palácio  para  poder  dividir  os  convidados  e  assim  ficar  mais  tranquilo,  eu  fui  a  única  da  delegação  brasileira   a  ser  convidada   as  duas  vezes,  acredito  que  ainda  por  conta  de  Luciula  que  tinham  visto  no  ano  anterior. Numa  das  vezes   estava  presente  também  o  nosso  ministro  das  finanças  Mario  Henrique  Simonsen,  que  quando  me  foi  apresentado   já  estava  pra  lá  de  Bagdá.
O  Xá  e  sua  Farah  Diba  que  alias  era  linda   receberam  com  muito  luxo  e  elegância  as  bandejas  eram  de  ouro  cravejadas  de  pedras  preciosas ,  era  inacreditável ,  parecia  coisa  das  mil  e  uma  noite.  Na  Ìndia  no  palácio  da  Indira  Ghandi  também  o  luxo   foi igual  a  única   diferença  e  que  na  Índia  se  podia  ver  a  pobreza,  aqui  não.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

ROSSANA GHESSA EM PUREZA PROIBIDA


PUREZA - Rossana Ghessa - PROIBIDA


ROSSANA GHESSA EM PUREZA PROIBIDA


PUREZA PROIBIDA ROSSANA GHESSA E ZOZIMO BULBU


PUREZA PROIBIDA – Histórias reais de uma filmagem – parte 1


PUREZA  PROIBIDA  foi p primeiro  filme   que  eu  produzi  e  interpretei,  havia  recém  criado  a  minha  produtora ( ROSSANA GHESSA PROCUÇÕES CINEMATOGRAFICA  LTDA)   me  lembro  da  primeira  reunião  com  o  meu   sócio  Carlos  Fonseca  um  profissional  da  mais  alta  qualidade,  sabia  tudo  de  cinema.
Tinha  recebido  vários  roteiros,  feito  uma  primeira  seleção e  me  chamou  a atenção  um  nome “ Á BRANCA  E  O  NEGRO “ comecei  a  ler  e não  consegui  parar,  era  uma historia  de amor  entre  uma  noviça  e  um pescador  negro  do   candomblé,  chamamos  a  dona  do  argumento  MONAH  DELACY  e  pedimos  que  preparasse  o  roteiro.
Roteiro  pronto,  hora  de contratar  o  diretor,  o  primeiro  nome que  me  surgiu  foi  o de  NELSON  PEREIRA  DOS  SANTOS,  telefonei  pra  ele  contei  a  historia  resumida   no  telefone, e  ele  me   disse:  Rossana  você  pode  dirigir,  filma  assim  como acaba  de  me  contar  que  eu  assino,  claro  que  era  uma   brincadeira,  na  verdade  ele  estava  ocupado  com  outro  projeto  e  não  poderia  aceitar  o  meu  convite,  foi  ai  que  o  Carlos  Fonseca  sugeriu  o ALFREDO  STARNHEIN.
Contratado o diretor  mais  o  diretor  de  fotografia  RUI  SANTOS ,  partimos  para  Cabo  Frio  para escolher  as  locações, acabamos   alugando  duas  casas  em  Arraial  do  Cabo  onde  ficou  sendo   a  nossa  base  de  produção,  decidimos  que  em  uma  casa  ficariam  as  mulheres  e  na  outra  os  homens,  para  maior  conforto  da  equipe  as  refeições  seriam  feitas  nessa  casa   onde  seria  montada  toda  a  logística  necessária  para  que  as  filmagens  transcorre-se tranquilidade .
Iniciamos  as  filmagens  e  tudo  estava  transcorrendo  na  maior  tranquilidade,  não  fosse  a falta de  profissionalismo  de  alguns  elementos,  no contrato  de  trabalho  por  tempo  determinado  que  todos  assinam,  tem  uma  clausula  que  diz “ é determinantemente  proibido  consumir  bebida  alcoólica  durante  as  filmagens”  mas   tem  pessoas  que  tem  dificuldade   em   cumprir  acordos  de qualquer  natureza.
Um belo  dia  estávamos  filmando  na  praia,   debaixo  de  um  sol  escaldante,  com  um  calor  infernal , e  num  intervalo  para ajustar  a câmera  notei   que  uma  determinada  pessoa  toda  hora  desaparecia   no  meio  das  moitas  demorava  um  pouquinho  ate  que  o  Zozimo Bulbu  ( o ator  que  fazia o pescador)  fosse  também    e  dai  a  pouco  voltavam  os  dois  com  a  cara  mais  feliz  da  paroquia  e  isto  acontecia  varias  vezes  por  dia,  até  que  movida  pela  curiosidade  os  segui  e  qual  não  foi  a  minha  surpresa!
Peguei  os  dois  no  flagra  bebendo  conhaque, ele  escondiam  a  garrafa  na  moita  para  que  eu  não  percebesse ,  passei  uma  descompostura  em  ambos,  que  claro  gerou o  maior  mal  estar, principalmente  porque  o  ZOZIMO   com raiva  do  meu  esporro   incitou  a  equipe  da  pesada  contra  mim,  mas  eu  não  podia  me  deixar  dominar,  então   durante  o  jantar,  quando  estava  todo  mundo  reunido  em volta  da  mesa ,  eu  subi  no  meio  da comida  para  fazer  o discurso  mais  curto de que se tem  noticia, resumido   ao  seguinte:
“-Todos  que  estão  aqui  assinaram  um  contrato,  que  leram  e  concordaram,  se  alguém  aqui  presente  se  arrependeu  e  quer desistir  que  faça  agora, não  vou  negar  que  preciso  de  vocês  mas  a  reciproca  e  verdadeira  vocês  também  precisam  do  trabalho  aqui   ninguém  esta  fazendo  favor  pra  ninguém “.

 Conclusão:  Todos  ficaram  a  meu  favor,  só  o ZOZIMO  que  ficou  com  cara  de  bobo.

domingo, 18 de maio de 2014

QUE FANTASIA!!! FANTASIAS SEXUAIS COM ROSSANA GHESSA E JOSE LUCAS


MAIS FANTASIAS COM ROSSANA GHESSA E JOSE LUCAS


FANTASIAS SEXUAIS COM JOSÉ LUCAS E ROSSANA GHESSA


PASSANDO MEL PARA FICAR MAIS GOSTOSO...ROSSANA GHESSA EM FANTASIAS SEXUAIS


ROSSANA NA BANHEIRA...EM FANTASIAS SEXUAIS


ROSSANA E O GATINHO


CARTAZ DO FILME FANTASIAS SEXUAIS COM ROSSANA GHESSA


FANTASIAS SEXUAIS

Continuando a falar dos  diretores, e  do quanto  cada  um  dele  contribuiu  para  o meu  crescimento  profissional . O diretor  de  “ FANTASIAS  SEXUAIS”   JUAN  BAJON  além   de  dirigir o filme, também  escreveu   a  historia  ( na época   era comum  o  diretor  escrever  e dirigir) com um  elenco  como sempre  repleto  de  estrelas, ROSSANA GHESSA   ARTHUR   JOSÉ  LUCAS,  ANA  MARIA  KREISLER ,   e um batalhão  de gente  talentosa   que   você  não  vê  todos  os  dias  na  TV,  instigava  mais  a  curiosidade  do  público.
A produção  alugou  uma  belíssima   casa  num  bairro  chique  de  São  Paulo  que  era o  nosso  cenário  diário,  a  personagem  que  eu  interpretava  era  um  louca  que  seduzia  os  homes ,  os  mantinha  prisioneiros,   com todas  as   mordomias,  fazendo  sexo  sem  parar, e  usando   varias   fantasias,   uma  mais  louca  que  a  outra,  e  o  pobre  do  coitado  nem  desconfiava   que  quando  ela  esgotasse   o desejo   e  as  fantasias  com  ele,  ela  o  mataria.
Uma dessas  fantasias  era  a  madame  Butterfly,   com direito  a  musica  e tudo  mais,  a  produção   contratou   no  consulado  Japonês,  o departamento de cultura,  para que  viessem e trouxessem   uma  roupa  de gueixa   para  me  vestir  a  caráter.
Foi uma experiência fantástica que jamais  esquecerei,  outra   cena  igualmente  sensacional,  foi a  cena  que  eu  cubro  de  mel  o  ator, foi demais,  divertido,  com  um  pote  cheio  de  mel  e  um  pincel  eu  cubro  ele   todinho  de  mel,  ele pensa  que  é  pra  gente  fazer   amor  mas  na verdade  e  para  mata-lo.
Este filme tinha  muitas  cenas   de   nudez, e  tinha  sempre  que  pedir  para  um  monte  de  curioso  que  se   retirasse,  isto  era  sempre  constrangedor,   mas  o  JUAN  BAJON ,  me ajudou  a  não  me  sentir  culpada,  eu  estava  trabalhando,   quem  quisesse   ver  a  minha  nudez  que fosse  ao  cinema,   pagando   entrada.

Passei  a não  mais  me  sentir  na  obrigação  de  agradar  Gregos  e  Troianos,  a  minha  responsabilidade  era  tão  somente  fazer  o  meu  trabalho  da  melhor  maneira  possível,  com  responsabilidade  e  profissionalismo,  e o que  continuo a  fazer  ate  hoje.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

ROSSANA GHESSA LINDÍSSIMA EM LUA DE MEL E AMENDOIM


ROSSANA EM LUA DE MEL E AMENDOIM


CENA ROMÂNTICA DE LUA DE MEL E AMENDOIM


FOTO DE CENA DE LUA DE MEL E AMENDOIN


ROSSANA GHESSA EN CENA DO FILME LUA DE MEL & AMENDOIM


CARTAZ DO FILME LUA DE MEL & AMENDOIM


LUA DE MEL E AMENDOIM


Voltando a falar dos diretores maravilhosos  com quem  tive a sorte  de trabalhar,  não posso esquecer  do  FERNANDO DE BARROS, que  dirigiu  “LUA DE MEL E AMENDOIN” produzido pela Cinedistri e a Cincro filmes  em  dois  episódios,   um  era  ROSSANA GHESSA   E NEWTON   PRADO  e mais um elenco  maravilhoso, como  OTELO  ZELONI  e  a  maravilhosa   CONSUELO  LEANDRO,  que  interpretava  minha  mãe,  o   meu guarda-roupa   foi   todo  confeccionado   especialmente    para  mim  pelo   CLODOVIL,    era  um luxo , um  filme  cheio   de  glamour,   a  começar   pelo  elenco  de  estrelas.
O outro episodio era  com o CARLO MOSSY  E  RENATA SORRAH, também tinha o JOSÉ  LEWGOY , DARLENE  GLORIA   e  mais  um  monte  de  atores  famosos .
FERNANDO  DE  BARROS   era um diretor   refinado, fazia  a  linha sofisticada,  educadíssimo, entendia  profundamente  de  moda, esse  toque  de  cultura  e  bom  gosto  se sente logo  que o filme começa,  pois não eram  só as roupas do Clodovil  que se  notava,  mas também os ambientes  escolhidos  eram   lindos.
Como  homem  refinado  que  era  o  Fernando  estava  sempre  atento  a todos os  detalhes ,  e  também  se  preocupava  com os atores,  mesmo quando  não estávamos em cena,  isso  me  proporcionou  mais  um   aprendizado  na  minha  carreira,  foi  mais  um  diretor  que  me  deu  dicas  de  interpretação,  de  posicionamento  diante  das  câmeras,  e  até  na  sua  paixão  por  mim, se comportou  com  extrema  elegância,  quando  percebeu  que  eu  estava  apaixonada  por  outro.
Como  eu  estava  apaixonada  e havia  brigado  com o meu  namorado,  no  primeiro  fim  de  semana  de  folga,   eu  peguei   um  avião  e  fui  para  Porto  Alegre ,  á  procura  do meu amor, e quando  nos encontramos  finalmente,  viajamos  para  Canela  e foram  os três  dias  mais intensos  de  amor,  que tenho  certeza  que  ambos  jamais  esqueceremos,  ate a musica de fundo  tinha   tudo a ver com o contexto  dos acontecimento.
Era uma  musica cantada   pelo  ROBERTO  CARLOS  que  eu  só  me  lembro  do estribilho  que dizia  assim “ EU  TE AMO  MEU  AMOR EU  TE AMO”   na  época  era  o grande  sucesso  das paradas,  eu  e  meu  amor  passamos  os  três  dias  de  amor  mais  apaixonados  do  mundo, para quem o filme  9 semanas e meia de amor  perde  feio. 
Na  segunda  feira,  hora  de  voltar  a  realidade,  regressei    para  São  Paulo  com a  cara  mas inocente,   como  se  nada  tivesse  acontecido,  mas  foi  onde  aprendi  outra  lição,  o  Osvaldo  Massaine ,  produtor,  dono  da  Cinedistri  e também  da  casa  onde  estava  hospedada,  com gentileza  mas a  firmeza   de  um  pai  que  da uma  lição, me  mostrou  o  quanto  fui  irresponsável   e  egoísta,    deixando  todo  mundo  preocupado.
Só  me  restou   pedir   desculpas  envergonhada  da  minha   própria   estupidez   e  prometi  a  mim  mesma   que  jamais  voltaria  a  cometer  qualquer  coisa  que  prejudicasse  a  minha  carreira,  afinal  havia  brigado  muito  para  conquista-la.

Recorde-se  sempre  dos  3  “R”  - respeito  por  si  mesma  /  respeito  pelos  outros   e  responsabilidade  pelos  seus   atos.